S�o Paulo, 15 - O presidente do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), Aroldo Cedraz, afirmou que a corte decidir� na quarta-feira, 17, sobre as contas do governo federal em 2014. Segundo ele, todas as decis�es do �rg�o s�o colegiadas e nada se decide "na canetada".
"� uma sess�o especial e eu tenho certeza que, como das outras vezes, n�s sempre consideramos com muita aten��o os crit�rios t�cnicos, mas, acima de tudo, respeitamos a decis�o soberana do plen�rio. No TCU n�o tem canetada", afirmou Cedraz ap�s participar de um evento sobre exporta��es em S�o Paulo.
Segundo ele, apesar de ter atravessado momentos dif�ceis da vida nacional, o TCU nunca saiu dos trilhos. "O TCU s� faz considera��es na medida em que haja embasamento t�cnico, depois do julgado. � importante que o TCU se mantenha nessa posi��o em momentos de dificuldade da economia ou da vida pol�tica do Pa�s, pois ele � acima de tudo um garante constitucional", afirmou o ministro, que por ser presidente n�o vota nesse julgamento.
Conforme divulgou o Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, na �ltima sexta-feira, 12, o relat�rio t�cnico que vai embasar a decis�o do Tribunal sobre as contas do governo Dilma Rousseff em 2014 aponta que os dados fornecidos pelo governo federal est�o contaminados por uma s�rie de irregularidades, como as pedaladas fiscais, identificadas no relat�rio como "passivos ocultos".
Essas pedaladas acumulariam R$ 37,15 bilh�es s� em 2014, "em decorr�ncia de passivos ocultos relacionados ao atraso de repasse de recursos a bancos controlados pela Uni�o". O relat�rio tamb�m aponta que, no total, as distor��es no balan�o entregue pelo governo Dilma ao tribunal de contas somam R$ 281 bilh�es.
Diante das evid�ncias t�cnicas, a press�o para que os ministros do TCU reprovem, pela primeira vez, as contas do governo � grande. Lideran�as de oposi��o t�m procurado o ministro Augusto Nardes, relator do caso, para argumentar que o tribunal que condenou as pedaladas fiscais n�o pode, agora, aprovar as contas do governo que contam justamente com as pedaladas.
J� o governo se defende por meio do Advogado Geral da Uni�o (AGU), Lu�s In�cio Adams, que tem percorrido todos os gabinetes do TCU para justificar que os atrasos do Tesouro para bancos p�blicos s�o "normais" em uma rela��o de presta��o de servi�o.