Ex-membro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Leonardo Siade Manzan disse nesta quarta-feira � comiss�o parlamentar de inqu�rito (CPI) do Senado que investiga fraudes no �rg�o que foi inclu�do entre os investigados pela opera��o Zelotes por um “erro lament�vel”. Apesar de negar participa��o no esquema, Manzan compareceu � CPI com um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe assegurava o direito de ficar em sil�ncio.
“Esse dinheiro est� declarado, com imposto pago. Vossas Excel�ncias ter�o acesso � declara��o que me dispus, inclusive, a trazer”, disse Manzan. Genro do ex-secret�rio da Receita Federal e ex-presidente do Carf, Otac�lio Dantas Cartaxo, Manzan negou qualquer participa��o no esquema investigado pela Opera��o Zelotes, deflagrada pela Pol�cia Federal e pelo Minist�rio P�blico Federal.
“N�o tenho a menor participa��o nos fatos narrados. Estou inclu�do por um equ�voco, que me trouxe preju�zos incomensur�veis nos aspectos pessoal, profissional e familiares. Isso abalou minha fam�lia. Por um erro estou sofrendo uma condena��o e uma pena antecipada.”
A relatora da CPI, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), disse que a Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico continuam investigando a poss�vel participa��o do ex-conselheiro em fraudes no Carf e a origem da quantia apreendida na casa dele. “A informa��o que n�s temos aqui � que o senhor continua sendo um dos principais investigados do inqu�rito”, afirmou.
� CPI, Manzan informou ainda ter participa��o em v�rias empresas que atuam no ramo tribut�rio, mas alegou sigilo profissional para n�o declarar os nomes das empresas. Manzan � casado com a filha do ex-presidente do Carf, um dos principais investigados pela PF. O advogado disse que chegou ao �rg�o devido ao seu curr�culo e � experi�ncia profissional na �rea tribut�ria.