Bras�lia, 18 - Deputados da base v�o realizar na tarde desta quinta, 18, novas rodadas de reuni�es para tentar fechar um acordo que possibilite a vota��o ainda hoje do projeto que rev� a pol�tica de desonera��o da folha de pagamentos. Conforme antecipou nessa quarta, 17, o Broadcast Pol�tico, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, os parlamentares pressionam o l�der do PMDB e relator da mat�ria, Leonardo Picciani (RJ), a rever pontos de seu parecer e a reduzir o n�mero de setores que ter�o al�quotas diferenciadas.
"A inten��o � votar hoje. Os partidos v�o reunir agora suas bancadas e tirar posi��es para tentarmos construir as condi��es de votar hoje", declarou Picciani, ao deixar o gabinete do vice-presidente Michel Temer, onde manteve conversas tamb�m com o ministro da Fazenda Joaquim Levy e com l�deres da base. O pr�prio Levy, por sua vez, destacou que "ainda n�o estava familiarizado" com um acordo, mas refor�ou: "� indispens�vel que o projeto seja votado o mais r�pido poss�vel."
Dos quatro segmentos que o peemedebista queria manter com uma recomposi��o de tributos mais vantajosa, a base sinaliza estar pacificada em rela��o aos transportes. Outra �rea que parlamentares dizem aceitar no rol das excepcionalidades � a de comunica��o social; os call centers e os alimentos da cesta b�sica, que constam no parecer de Picciani na lista de exce��es que teriam uma recomposi��o de tributos menor, podem ter um aumento cheio nas al�quotas.
No encontro de hoje na vice-presid�ncia, Levy, apontado como a maior resist�ncia � inten��o de Picciani de abrir exce��es para alguns setores, indicou que aceita reabrir as negocia��es, segundo o ministro da Avia��o Civil, Eliseu Padilha. "O ministro Levy se disp�s a fixar um limite monet�rio em que pudesse haver alguma negocia��o com o Congresso", disse. "O relator em princ�pio vai procurar limitar as poss�veis altera��es a esse montante", acrescentou Padilha, que, questionado, n�o quis revelar qual era a margem de recomposi��o de receitas abaixo da qual a Fazenda n�o aceita realizar novas concess�es.
Deputados de outros partidos e do pr�prio PMDB deixaram claro, quando sa�ram da vice-presid�ncia, que querem altera��es no relat�rio. O l�der do PTB, Jovair Arantes (GO), disse por exemplo que "n�o v� raz�o" para que os call centers sejam contemplados com uma reonera��o intermedi�ria. J� o deputado Leonardo Quint�o (PMDB-MG), uma das principais vozes contra a "seletividade" dada a determinados setores econ�micos por Picciani, avaliou hoje que talvez haja concord�ncia em se beneficiar os transportes e a comunica��o social.