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Estado de Minas

Troca de e-mail � uma das provas contra Marcelo Odebrecht


postado em 19/06/2015 14:49

S�o Paulo, 19 - Entre as provas que levaram � pris�o de presidente da Odebrecht est� uma troca de e-mail entre um executivo da Braskem, ele e tr�s executivos da empreiteira. O documento apreendido na sede da Odebrecht em novembro de 2014 indica que Marcelo Odebrecht sabia e tinha poder de decis�o no esquema de sobrepre�o em contratos de afretamento e opera��o de sondas.

A mensagem eletr�nica faz refer�ncia � coloca��o de sobrepre�o de US$ 25 mil por dia no contrato de opera��o de sondas. Marcelo Odebrecht e os diretores M�rcio Faria, Rog�rio Ara�jo e Alexandrino Alencar, da empreiteira, foram presos nesta sexta-feira, 19, na 14� fase da Opera��o Lava Jato. Al�m do e-mail, apontamento de dela��es e outras provas levaram � pris�o do presidente da empresa.

E-mail

"De: ROBERTO PRISCO P RAMOS

Para: Marcelo Bahia Odebrecht; Fernando Barbosa; Marcio Faria da Silva; Rogerio Araujo

Enviada em: Mon Mar 21 19:01:54 2011

Assunto: RES: RES: sondas

Falei com o Andr� em um sobre-pre�o no contrato de opera��o da ordem de $20-25000/dia (por sonda).

Acho que temos que pensar bem em como envolver a UTC e OAS, para que eles n�o venham a se tornar futuros concorrentes na �rea de afretamento e opera��o de sondas.

J� temos muitos brasileiros "aventureiros" neste assunto (Schahim, Etesco�).

Internamente, eu posso transferir resultado da OOG para a CNO, mas n�o posso faz�-lo para as outras duas; isto teria que ir dentro do mecanismo de distribui��o de resultados dentro do cons�rcio.Meu ponto � que ele n�o pode ser proporcional as participa��es atuais, porque, sem a OOG, a equa��o n�o fecha e quem tr�s a OOG � a CNO.

Em tempo: falei ao Andr�, respondendo a pergunta dele, que o desenvolvimento do Operador tem que ser desde o inicio, para participar da escolha dos componentes, acompanhar a constru��o das Unidades, definir n�veis de spare parts e, principalmente, preparar os testes e comissionamento. Ele pareceu entender."

Sistematiza��o de fraudes

Segundo o procurador da Rep�blica Carlos Fernando Lima e o delegado da Pol�cia Federal Igor Rom�rio de Paula, essa e uma s�rie de outras provas indicam o papel de dom�nio do fato do presidente da maior empreiteira do Pa�s no esquema de corrup��o investigado pela Lava Jato. Para a for�a-tarefa da Lava Jato, havia sistematiza��o de fraudes e desvios envolvendo contratos da empreiteira na �rea p�blica.

"A forma de contrata��o criminosa era disseminada dentro da Odebrecht e parece imposs�vel se cogitar que n�o era de conhecimento deles (do presidente e executivos presos). H� prova material de que tinha conhecimento de pratica de sobrepre�o nas contrata��es com a Petrobr�s e que tamb�m haveria a participa��o deles direta nas divis�es de contratos a serem contratos dentro do cartel", afirmou o delegado Igor Rom�rio de Paula.

Ele elencou depoimentos, indica��es das transfer�ncias banc�rias realizadas a pedidos dos executivos da empreiteira e a troca de e-mail em que eles est�o presentes. "S�o uma s�rie de tipos de provas que somadas tornam pouco razo�vel que eles n�o tivessem conhecimento e participa��o no esquema."

Para o juiz S�rgio Moro, que conduz as a��es da Opera��o Lava Jato, embora o fato necessite ser investigado mais profundamente, a mensagem eletr�nica tamb�m corrobora as declara��es de delatores quanto � pr�tica de crimes na rela��o entre a Odebrecht e a Petrobr�s.

"Considerando a dura��o do esquema criminoso, pelo menos desde 2004, a dimens�o bilion�ria dos contratos obtidos com os crimes junto a Petrobr�s e o valor milion�rio das propinas pagas aos dirigentes da Petrobr�s, parece invi�vel que ele fosse desconhecido dos Presidentes das duas empreiteiras, Marcelo Bahia Odebrecht e Ot�vio Marques de Azevedo", afirma Moro.

"Mesmo ganhando a investiga��o notoriedade, com divulga��o de not�cias do poss�vel envolvimento da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, bem como a instaura��o de inqu�ritos, n�o h� registro de que os dirigentes das duas empreiteiras, incluindo os Presidentes, tenham tomado qualquer provid�ncia para apurar, em seu �mbito interno, o ocorrido, punindo eventuais subordinados que tivessem, sem conhecimento da presid�ncia, se desviado. A falta de qualquer provid�ncia da esp�cie � indicativo do envolvimento da c�pula diretiva e que os desvios n�o decorreram de a��o individual, mas da pol�tica da empresa."


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