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Estado de Minas

'Cartel e fraudes eram pr�ticas de neg�cios', dizem MPF e PF


postado em 19/06/2015 17:37 / atualizado em 19/06/2015 17:58

O Minist�rio P�blico Federal e a Pol�cia Federal afirmam que t�m provas de que as construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez e seus donos capitaneavam o esquema de cartel e fraudes em licita��es "como uma pr�tica de neg�cios". Os presidentes das duas l�deres de mercado, Marcelo Odebrecht e Ot�vio Azevedo, foram presos junto com outros 10 executivos, na 14ª fase da Opera��o Lava-Jato.

"As nossas investiga��es eram necess�rias para que nos comprovassem e tiv�ssemos maiores indicativos das transa��es no exterior da corrup��o envolvida. "N�o temos d�vida nenhuma de que a Norberto Odebrecht e a Andrade Gutierrez capitaneavam o esquema de cartel dentro da Petrobras, no mercado onshore", afirmou o procurador da Rep�blica Carlos Fernando Lima, nesta sexta-feira.

O procurador afirmou que a distin��o deve ser feita para que as empreiteiras n�o aleguem que "s�o inocentes, diante de tantas provas dos processos que est�o chegando ao fim". Em obras como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e na Repar, no Paran�, h� tanto provas periciais como sindic�ncias da pr�pria Petrobr�s confirmando irregularidades em contratos com as duas empreiteiras.

"A atitude das empresas de negar, n�o trazer efetivamente investiga��es internas que apontem os respons�veis pelos fatos, indica que realmente a empresa estava envolvida no neg�cio il�cito como um todo", afirmou o procurador. "Ela (empreiteira) n�o estava sendo usada por algu�m, por uma pequena estrutura, por um diretor. Ela estava envolvida como um todo, com uma pr�tica de neg�cio."

O delegado da Pol�cia Federal Igor Rom�rio de Paula acrescentou que h� ind�cios contratos de que os presidentes "tinham o dom�nio de tudo que acontecia nas empresas".

"At� porque a corrup��o nos contratos envolvendo essas empresas, nos parece de forma disseminada em toda atua��o delas. E porque tamb�m apareceram ind�cios concretos, n�o s� depoimentos de colaboradores, de que em algum momento eles tiveram contato ou participa��o em negocia��es que resultaram em atos que levaram a forma��o de cartel a direcionamento de licita��o e mesmo de destina��o de recursos para pagamento de corrup��o."

Estrat�gia


O procurador e o delegado responderam ainda aos questionamentos sobre a alega��o das empreiteiras de que elas estariam colaborando com as investiga��es, como argumento de falta de necessidade das pris�es.

"Esse posicionamento de se colocar � disposi��o vai de encontro a algumas atitudes da empresa, que rotineiramente n�o apresentava as documenta��es solicitadas nos inqu�ritos. A colabora��o esperada da empresa e atitudes esperadas de uma empresa que enfrenta problemas como esse teriam que ser um pouco diferentes. Uma postura que mostrasse efetivamente a inten��o de corrigir os desvios dentro da empresa", afirmou o delegado.

Segundo ele, a Odebrecht, em especial, "tem uma postura pouco diferente das demais". "Eles efetivamente v�m negando envolvido com o fatos, embora as provas t�m dia a dia demonstrado o contr�rio. Que a empresa efetivamente participou dessa forma de contrata��o que estava presente nas demais, at� com papel de destaque."

O procurador da for�a-tarefa da Lava Jato frisou que as duas empreiteiras alvos da 14 fase t�m negado "sistematicamente perante a imprensa terem participado dos fatos.

"O que � um direito delas. Entretanto, o mercado moderno exige das empresas que elas fa�am uma investiga��o interna e traga para as autoridades esses investigados para que se possa minimizar os danos �s empresas", afirmou Lima.

"N�o queremos, de maneira alguma, inviabilizar o neg�cio dessas empresas ou parar mercado como fazem certas afirma��es terroristas por parte desses empres�rios. Queremos que a empresa realmente fa�a um apura��o interna e entregue os fatos criminosos que aconteceram. Agora, no caso dessas duas empresas, elas parecem ter sido t�o extensamente envolvidas nos fatos criminosos que s�o incapazes de fazer uma depura��o interna."


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