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Estado de Minas

Procuradoria-Geral da Rep�blica abre a��o contra militar procurado na Argentina

� a primeira vez que a Procuradoria-Geral da Rep�blica abre uma a��o, no Brasil, por crime de lesa-humanidade cometido durante a ditadura de um outro pa�s


postado em 22/06/2015 08:49 / atualizado em 22/06/2015 09:11

Bras�lia - Fotografado h� menos de um ano no Paran�, o tenente-coronel Ant�nio Arrechea Andrade, procurado desde 2012 pela Interpol, vai ter que enfrentar os tribunais brasileiros por crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura da Argentina, entre 1976 e 1983.

� a primeira vez que a Procuradoria-Geral da Rep�blica abre uma a��o, no Brasil, por crime de lesa-humanidade cometido durante a ditadura de um outro pa�s. A Procuradoria-Geral da Rep�blica requereu a Argentina provas para abrir processo contra o militar, acusado de participar, como integrante do Ex�rcito e chefe de pol�cia na Prov�ncia de Tucum�n, de patrulhas montadas pelo governo militar para sequestrar, prender, torturar e matar "subversivos", entre eles um ex-senador provincial peronista.

O secret�rio de Coopera��o Jur�dica Internacional da Procuradoria-Geral, Vladimir Aras, afirma que, com base no material requisitado aos colegas do Minist�rio P�blico Fiscal da Argentina, ser� poss�vel abrir a a��o. A decis�o foi tomada ap�s o Supremo Tribunal Federal negar, em maio, a extradi��o de Arrechea, solicitada pelos argentinos como "plano A" para puni-lo.

O relator do processo, ministro Gilmar Mendes, justificou que o tenente-coronel � imune � extradi��o, pois, embora seja cidad�o da Argentina e tenha praticado crimes por l�, nasceu no Brasil. Arrechea seria natural de Santo Ant�nio do Sudoeste (PR) e hoje estaria com 85 anos. O Minist�rio da Justi�a informou nos autos que n�o foi poss�vel confirmar se o nascimento do tenente-coronel foi mesmo no Brasil.

Em sua decis�o, Mendes argumentou que o processo para prend�-lo e devolv�-lo � Argentina n�o poderia seguir adiante.

A abertura de uma a��o no Brasil integra um esfor�o de procuradores brasileiros e argentinos, que criaram uma equipe para investigar e punir crimes da repress�o pol�tica, comuns aos regimes vigentes nos dois pa�ses nas d�cadas de 1970 e 1980.

Arrechea foi citado em diversas a��es penais por viola��o de direitos humanos na Argentina, mas beneficiado com a suspens�o dos processos autorizada pela Lei de Ponto Final - equivalente � Lei da Anistia que vigora no Brasil. A norma foi anulada em 2003. Com isso, a fam�lia de uma das v�timas, o ex-senador Guillermo Vargas Aignasse, pediu que o caso voltasse a correr.


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