
"O governo tem de ter humildade para reconhecer que a pesquisa reflete um momento de dificuldade pol�tica e econ�mica", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro-chefe da Secretaria de Comunica��o Social (Secom), Edinho Silva. "Estamos vivendo uma situa��o de dificuldade econ�mica, o governo tem consci�ncia das dificuldades e est� fazendo ajuste para que sejam superadas. Estamos virando a p�gina do ajuste e entrando na agenda de retomada da economia."
O Planalto aposta em medidas como os recentes lan�amentos do Plano Safra e do Plano de Infraestrutura e tamb�m futuros, como na �rea energ�tica e de banda larga, al�m do Minha Casa, Minha Vida 3, para ver os �ndices de popularidade de Dilma melhorarem. Em avalia��o recente da conjuntura pol�tica, feita em reuni�o fechada com religiosos no Instituto Lula, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva admitiu que ele e a sucessora est�o "no volume morto" e o PT, "abaixo do volume morto".
O otimismo do Planalto, no entanto, n�o � compartilhado entre os aliados do PT no Congresso. Para um importante l�der da base, a situa��o "vai piorar ainda mais um pouco antes de come�ar a melhorar", por que s�o "muitas frentes, e todas dif�ceis e mal articuladas".
Ciente das dificuldades econ�micas e do impacto da Opera��o Lava-Jato e do risco de reprova��o das contas do governo no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), havia quem esperasse resultado pior nos dados do Datafolha, como aprova��o de apenas um d�gito.
Para o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a queda da popularidade da presidente � a continuidade de um processo de desgaste que chegou ao "fundo do po�o". Essa deteriora��o, em sua avalia��o, foi provocada pela conjun��o de fatores negativos, como a piora da economia e o esc�ndalo de corrup��o na Petrobras. "E, principalmente, pelo fato de estar fazendo um ajuste que n�o foi falado na campanha", afirmou.
O l�der do PT C�mara, Sib� Machado (AC), enfatizou que nos primeiros seis meses de governo a agenda foi focada no ajuste fiscal e em cortes no Or�amento. "Toda vez que a economia tem maus indicadores, h� uma perda de popularidade", disse. "Antes de uma crise pol�tica, h� uma crise econ�mica e um massacre na m�dia de modo geral."
Presidente do PSDB e candidato derrotado por Dilma no segundo turno, o senador A�cio Neves (MG) agradeceu nas redes sociais "o apoio de tantos brasileiros". Na pesquisa Datafolha, o tucano apareceu 10 pontos � frente de Lula em uma eventual disputa pelo Planalto. Para A�cio, o recorde de rejei��o da presidente "mostra a consci�ncia crescente dos brasileiros em rela��o �s mentiras de que foram v�timas durante a campanha eleitoral do ano passado e em rela��o � trai��o do atual governo, que descumpriu promessas feitas ao Pa�s".