Senadores da base e da oposi��o trocaram farpas nesta ter�a-feira por conta da situa��o pol�tica da Venezuela. Depois da turbulenta passagem de integrantes da oposi��o pelo pa�s vizinho na semana passada, ser� a vez de parlamentares da base desembarcarem em Caracas na quarta-feira.
Segundo Lindbergh, al�m de representantes do governo Maduro e do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello o grupo tamb�m pretende se reunir com o oposicionista Henrique Capriles, de perfil mais moderado, e com as mulheres dos pol�ticos que est�o presos.
Quatro senadores devem participar da viagem: Roberto Requi�o (PMDB-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Telm�rio Mota (PDT-RR) e o pr�prio Lindbergh. "Estamos tentando trazer para a viagem um desgarrado da oposi��o, mas n�o est� f�cil", ironizou o petista.
Nesta ter�a-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que pediu novamente para que a For�a �rea Brasileira (FAB) cedesse uma aeronave para levar a outra comitiva. O peemedebista disse ainda que espera que, desta vez, os brasileiros possam ser mais bem tratados na Venezuela. "N�s exigimos que haja um tratamento civilizado porque esta delega��o tal qual a outra delega��o, ela vai em nome do Senado Federal", afirmou.
Senadores que integravam a comiss�o da semana passada dizem que sequer conseguiram deixar o aeroporto porque o ve�culo em que se encontravam foi cercado por manifestantes pr�-Maduro. Eles tamb�m acusam a diplomacia brasileira de n�o ter dado o suporte necess�rio para garantir a seguran�a da comitiva.
Nesta ter�a, por�m, os parlamentares comemoraram o fato de o governo venezuelano ter marcado a data das elei��es parlamentares. Segundo A�cio, o "conjunto de press�es vindas do exterior", incluindo o desembarque em Caracas do grupo brasileiro, possibilitou a defini��o mais rapidamente dessa quest�o.
Lindbergh, por sua vez, ironizou a avalia��o do tucano e disse que a oposi��o estava sobrevalorizando a influ�ncia que possui. O senador petista lembrou ainda que o governo brasileiro foi um dos que mais pressionaram para que essa data fosse marcada e que o objetivo agora � trabalhar para que as elei��es convocadas para dezembro ocorram dentro da normalidade democr�tica.