O governo de Minas Gerais classificou nesta quinta-feira as a��es de busca e apreens�o realizadas no antigo escrit�rio do governador Fernando Pimentel (PT) pela Pol�cia Federal (PF) – parte da 2ª fase da Opera��o Acr�nimo –, como “arbitr�rias”. Em nota enviada pela secretaria de imprensa, a administra��o estadual ainda afirma que as acusa��es de irregularidades s�o “dedu��es fantasiosas”, na mesma linha das que foram feitas a Carolina Oliveira, esposa de Pimentel, que teve a resid�ncia como alvo da primeira fase da Opera��o Acr�nimo, no in�cio deste m�s. A opera��o faz parte do processo j� autorizado pelo Superior Tribunal de Justi�a (STJ).
A 2ª fase da Opera��o Acr�nimo deflagrada pela PF teve 19 mandados de busca e apreens�o em Bras�lia (10), Minas Gerais (6 em Belo Horizonte e 1 em Uberl�ndia), S�o Paulo (1) e Rio de Janeiro (1). Os mandados come�aram a ser cumpridos no in�cio da manh� desta quinta-feira, nas sedes das empresas ag�ncia Pepper Comunica��o, Di�logo, Roller Print, MDM e OPR, antiga P-21.
Por determina��o do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), a investiga��o corre em sigilo e n�o dever�o ser divulgados detalhes do que foi apreendido. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreens�o em todos os endere�os da Pepper Comunica��o, um deles no Bras�lia Shopping, na capital federal. Tamb�m foram feitas apreens�es no antigo escrit�rio de Pimentel, na Rua do Ouro, em Belo Horizonte, onde funcionou um dos comit�s de sua campanha ao governo de Minas no ano passado.
Na nota divulgada ontem, o governo argumenta que a negativa do Superior Tribunal de Justi�a do pedido feito pela PF de entrar na resid�ncia de Pimentel, s�o ind�cios da n�o exist�ncia de irregularidades. “Com base somente em ila��es e dedu��es fantasiosas, essa investiga��o prossegue eivada de irregularidades, tanto que os pedidos para a realiza��o de busca e apreens�o nas sedes do governo de Minas Gerais, na resid�ncia oficial e na resid�ncia particular do governador, e ainda em rela��o a sua esposa, foram negados pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justi�a, por consider�-los desarrazoados”, afirmou o texto.
O comunicado ainda afirma que a tentativa de tentar ligar o nome do governador e de sua esposa a atos de irregularidade merecem o “rep�dio da sociedade civil”. “Todas as provid�ncias necess�rias para assegurar o respeito ao direito individual, � legalidade e � autonomia federativa ser�o tomados para coibir o abuso e a arbitrariedade na condu��o do inqu�rito policial. Resistiremos a qualquer tentativa de impor a Minas Gerais constrangimentos indevidos e anti-republicanos”, diz a nota.
A primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, criticou a divulga��o indevida de informa��es relacionadas � empresa Oli Comunica��o, de propriedade dela. Carolina argumenta que a a��o de busca e apreens�o foi realizada "sem justa causa, uma vez que os argumentos usados n�o correspondem a realidade". "Hoje, 25 de junho, em nova opera��o, foram divulgados indevidamente os dados do sigilo fiscal da Oli Comunica��o Imagem Eireli, obtidos na primeira busca e apreens�o, questionada anteriormente", defende o texto. O material ressalta que a Oli Comunica��o prestou servi�os de comunica��o digital para a Pepper Interativa, entre 2012 e 2014, mas que entre esses servi�os, nenhum foi prestado ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
A nota menciona que a Oli Comunica��o prestou servi�os � MR Consultoria e que essa n�o presta servi�os para �rg�os p�blicos e partidos pol�ticos. "Portanto, todos os servi�os prestados pela Oli Comunica��o est�o relacionados a clientes privados, que passaram por crises de imagem e de comunica��o ao longo deste per�odo. S� tenho a agradecer pela confian�a e oportunidade de trabalhar com um dos melhores jornalistas do Brasil", menciona o texto de Carolina.
� noite, durante posse dos novos presidente e vice do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Pimentel voltou a reclamar do que chamou de “arbitrariedade” da a��o da PF e disse estar com “consci�ncia tranquila” sobre as investiga��es. “Tenho a consci�ncia tranquila e alma forte para enfrentar e responder as cal�nias que venho sofrendo”, disse. O petista ainda afirmou que cabe � Justi�a garantir que os direitos individuais sejam aplicados. “N�o permitamos que se instale no pa�s uma esp�cie de regime de exce��o ao estado democr�tico de direito”. O desembargador Paulo C�zar Dias, atual vice-presidente e corregedor do TRE de Minas, tomou posse como presidente, e o desembargador Geraldo Domingos Coelho foi empossado nos cargos de vice-presidente e corregedor.
Com Ag�ncia Estado