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Estado de Minas

Petistas convivem com o medo de Lula ser preso na Lava-Jato

Temor da c�pula do partido de que as investiga��es atinjam Lula ganha forma em pedido de habeas corpus feito por simpatizante


postado em 26/06/2015 06:00 / atualizado em 26/06/2015 07:56

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Atormentada com os desdobramentos da Opera��o Lava-Jato, a c�pula petista foi surpreendida na manh� dessa quinta-feira (25) com uma  not�cia que exp�e um dos maiores temores do partido. A Justi�a Federal recebeu pedido de habeas corpus preventivo para evitar que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva seja preso por envolvimento no esquema de propina na Petrobras. Quem passou o susto foi um cidad�o comum, o consultor Maur�cio Ramos Thomaz, de Campinas, que impetrou a a��o para proteger Lula. Logo no in�cio da tarde, o Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF4) negou o habeas corpus e encerrou o assunto. Mas o epis�dio, provocado por um simpatizante do pol�tico, acabou no pior: a associa��o direta da figura do ex-presidente com o maior esquema de corrup��o j� investigado no pa�s.


A repercuss�o do pedido de habeas corpus levou at� mesmo a 13ª Vara Federal de Curitiba, ligada ao TRF4, que centraliza a investiga��o da Lava-Jato, a informar que n�o h� “qualquer investiga��o em curso” relacionada ao ex-presidente e a se posicionar sobre a necessidade de “afastar pol�micas desnecess�rias”. O rebuli�o ocorre uma semana depois da pris�o do presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que acendeu sinal de alerta entre petistas. Eles temem que o depoimento do executivo comprometa o partido e, especialmente, Lula.


Sem autoriza��o do ex-presidente, o consultor Maur�cio Ramos Thomaz, de 50 anos, temendo que o petista fosse preso a qualquer momento, tratou de tomar provid�ncias. Simp�tico a Lula e eleitor de Dilma, Maur�cio n�o tem curso superior, mas acumula experi�ncia em propor habeas corpus � revelia dos pacientes. Ele j� entrou com a��es em favor do jornalista Diogo Mainardi, do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver� e, no processo do mensal�o, em favor de r�us como Marcos Val�rio e Roberto Jefferson.


Nessa quinta-feira, ele acordou, �s 11h30, com o telefonema do Estado de Minas e contou que nasceu no Paran�, mas “odeia” o estado onde est� centralizada a investiga��o da Opera��o Lava-Jato. Tamb�m chamou o juiz S�rgio Moro, que comanda a apura��o, de “caipira de Londrina” – Moro nasceu em Maring�. Para o desembargador federal Jo�o Pedro Gebran Neto, que negou o habeas corpus, a iniciativa de Thomaz foi uma “aventura jur�dica”. “N�o existe qualquer fundamento legal para a pretens�o”, afirmou.


Ao pedido, foram anexadas not�cias que, na avalia��o do magistrado, n�o mostram o risco de amea�a de ir e vir de Lula. “Cuida-se apenas de aventura jur�dica que em nada contribui para o presente momento, talvez prejudicando e expondo o pr�prio ex-presidente”, avaliou o magistrado. O Superior Tribunal Federal (STF) entende que habeas corpus feitos por terceiros t�m que ser arquivados.


Al�m de desagradar Lula, Thomaz pode ter problemas com a Justi�a por causa da iniciativa. O desembargador encaminhou o processo para o Minist�rio P�blico Federal “para a ado��o de provid�ncias cab�veis”. Segundo Gebran, o consultor usou linguagem “impr�pria, vulgar e chula, inclusive ofendendo a honra de v�rias pessoas nominadas na inicial”. Moro, por exemplo, foi chamado de “hitleriano” e “moralmente deficiente”.


Advogados do ex-presidente Lula, que soube do processo pela imprensa, logo entraram com pedido no TRF4 para que o habeas corpus preventivo n�o fosse considerado. Na peti��o, os defensores afirmam que isso foi feito “por pessoa estranha, provavelmente inspirada por v�rios interesses, como o de se fazer notar pela imprensa ou mesmo por interesses pol�ticos”. O Instituto Lula tamb�m se posicionou: “N�o temos informa��o se foi uma pessoa de boa-f� ou um provocador da oposi��o tentando gerar um factoide.” (Colaborou Eduardo Milit�o)

Dela��o homologada

O ministro Teori Zavascki, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) dos inqu�ritos da Opera��o Lava-Jato que apuram o envolvimento de pol�ticos no esquema de corrup��o na Petrobras, homologou nessa quinta-feira � noite o acordo de dela��o premiada firmado entre o dono da UTC, Ricardo Pessoa, e a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR). Pessoa assinou o documento de colabora��o em 13 de mar�o. Ele � acusado de coordenar o cartel das empreiteiras que teriam participado do desvio recursos da Petrobras. A dela��o tem cerca de 80 p�ginas e faz men��o a alguns nomes j� investigados na Opera��o Lava-Jato, como o do senador Romero Juc� (PMDB-RR). A partir de agora, Pessoa ter� que prestar depoimentos complementares.


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