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Estado de Minas

PF cumpre mandados em Minas para apurar desvio de recursos p�blicos

Agentes fazem buscas em antigo comit� de campanha de Pimentel na capital mineira e em empresa que prestou servi�o para o PT. Para governador, ato foi 'arbitrariedade'


postado em 26/06/2015 06:00 / atualizado em 26/06/2015 07:32

Policiais apreenderam documentos e computadores no antigo escritório de Pimentel, no Bairro Serra (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
Policiais apreenderam documentos e computadores no antigo escrit�rio de Pimentel, no Bairro Serra (foto: Euler J�nior/EM/D.A Press)

A Pol�cia Federal deflagrou nessa quinta-feira (25) a segunda etapa da Opera��o Acr�nimo, com o cumprimento de 19 mandados de busca e apreens�o de documentos em Minas Gerais, Rio de Janeiro, S�o Paulo e no Distrito Federal. A PF apura suspeitas de desvio de recursos p�blicos para campanhas eleitorais. A investiga��o come�ou em outubro do ano passado, quando agentes flagraram um avi�o no aeroporto de Bras�lia com R$ 113 mil, transportados por Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Ben�, dono de uma gr�fica que prestou servi�o para a campanha do ent�o candidato a governador Fernando Pimentel (PT). Um dos locais onde os agentes cumpriram mandado foi em um escrit�rio no Bairro Serra, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, que funcionou como comit� de campanha do petista. Em nota, Pimentel afirmou que a investiga��o da pol�cia � baseada em “ila��es e dedu��es fantasiosas” e est� “eivada de irregularidades”.

No final do m�s passado, a PF j� havia apreendido documentos em um apartamento em Bras�lia da primeira-dama de Minas, a jornalista Carolina Oliveira. Ainda na nota, Pimentel afirmou que a segunda etapa da opera��o � a “extens�o da arbitrariedade cometida anteriormente”. Estiveram no escrit�rio da campanha cinco agentes e uma delegada. Eles disseram que o local “parece inoperante”, mas que l� foram encontrados “materiais”. A a��o da pol�cia foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justi�a (STJ), ao determinar a abertura de inqu�rito contra o governador a pedido da PF. O STJ n�o permitiu, por�m, a realiza��o de buscas nos pal�cios da Liberdade e Mangabeiras, na casa de Fernando Pimentel, na sede do PT em Minas Gerais e no Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).

“Embora oportunamente impedida, esse tipo de arbitrariedade merece o rep�dio da sociedade civil. O governador e sua esposa reafirmam sua confian�a na Justi�a e colocam-se, como sempre estiveram, � disposi��o das autoridades para qualquer esclarecimento, o que torna desnecess�ria e abusiva a reiterada tentativa de utilizar esse tipo de medida policial”, diz a nota do governo. � noite, em discurso de cerca de cinco minutos durante a posse do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), desembargador Paulo C�zar Dias, Pimentel fez uma r�pida refer�ncia � opera��o. Voltou a reclamar do que chamou de “arbitrariedade” da PF e disse estar com “consci�ncia tranquila” sobre as investiga��es. “Tenho a consci�ncia tranquila e alma forte para enfrentar e responder as cal�nias que venho sofrendo”, disse. O petista afirmou ainda que cabe � Justi�a garantir que os direitos individuais sejam aplicados.

J� Carolina Oliveira, tamb�m por meio de nota divulgada � tarde, criticou a opera��o, realizada “sem justa causa, uma vez que os argumentos usados n�o correspondem � realidade”. A suspeita da PF � que a empresa Oli Comunica��o e Imagens, que pertenceu a ela, seja “fantasma”, pois funcionava em local cadastrado pela PP&I Participa��es Patrimoniais e Imobili�rias, empresa que est� sob investiga��o. Segundo a primeira-dama, j� foi comprovado � Justi�a Federal que a Oli funcionou regularmente entre 2012 e 2014 e n�o trabalhou para �rg�os p�blicos, partidos pol�ticos ou ainda para empresas fora do setor de comunica��o.

Ag�ncia


Outro local de buscas em Belo Horizonte foi o escrit�rio de Alexandre Prado, filho de Ot�lio Prado, assessor especial da Secretaria da Fazenda. Na capital federal, os policiais estiveram na Pepper Comunica��o, situada no Bras�lia Shopping, respons�vel pelas contas do PT nas m�dias sociais. A empresa atuou nas campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2010 e 2014. De acordo com fontes com acesso ao inqu�rito, a busca na Pepper se justifica pela liga��o da empresa com Carolina Oliveira. De l�, os agentes levaram documentos e computadores.

Na sede da ag�ncia no Rio, os funcion�rios foram dispensados de ir ao trabalho e foram apreendidos documentos e computadores. Na primeira fase da investiga��o, a PF concluiu que o grupo teria movimentado mais de R$ 500 milh�es desde 2005, s� em contratos com o governo federal. A Gr�fica Brasil, principal empresa da fam�lia de Ben� – que est� preso –, teria faturado R$ 465 milh�es nesse per�odo.

O PT comunicou que a Pepper continuar� prestando servi�os ao partido. A ag�ncia informou, por meio da assessoria de imprensa, que continua � disposi��o das autoridades para prestar todos os esclarecimentos solicitados. Afirmou tamb�m que deu acesso a todos documentos requeridos pelos policiais federais. (Colaboraram Jo�o Valadares e Eduardo Milit�o)


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