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Estado de Minas

Dilma viaja para os EUA em meio a novo esc�ndalo da Lava-Jato

Al�m da retra��o econ�mica e da baixa popularidade, presidente Dilma leva novos problemas na bagagem para os EUA


postado em 28/06/2015 06:00 / atualizado em 28/06/2015 08:17

(foto: EM/D.A.Press)
(foto: EM/D.A.Press)
A presidente Dilma Rousseff embarcou ontem para os Estados Unidos, um dia depois de vir a p�blico o conte�do da dela��o premiada do presidente da UTC Ricardo Pessoa, que relatou doa��es ilegais para sua campanha � reelei��o de 2014. O vazamento dos depoimentos do empreiteiro levou Dilma a convocar uma segunda reuni�o emergencial com os ministros petistas Edinho Silva, da Comunica��o Social; Aloizio Mercadante, da Casa Civil;  e Jos� Eduardo Cardozo, da Justi�a – na noite de sexta-feira, ela j� havia feito uma com os tr�s e outros integrantes de sua equipe. Segundo informa��es de bastidores, a presidente se mostrou “indignada”, pois avaliou, com os ministros, que h� um “vazamento seletivo” na tentativa de aprofundar a tese que criminaliza doa��es legais para atingir sua campanha e desestabilizar a sua presid�ncia.


A reuni�o acabou atrasando o voo presidencial em uma hora e meia. A viagem aos EUA, onde Dilma cumprir� uma intensa agenda de compromissos a partir de hoje, ocorre em um momento sens�vel do seu segundo mandato. Mais que criar oportunidades de neg�cios e retomar o di�logo entre os pa�ses depois de ter cancelado viagem, em 2013, ap�s den�ncias de que os EUA estavam espionado autoridades e estatais brasileiras, a presidente ter� que se explicar. Diferentemente de 2013, quando os n�meros jogavam a favor do Brasil, agora, ela precisa convencer os americanos de que, apesar da crise, vale a pena apostar no pa�s. E, para complicar, al�m de justificar a alta infla��o, desemprego baixo e rejei��o recorde, Dilma ter� o desafio de esclarecer as den�ncias de caixa 2 em sua campanha, feitas por Ricardo Pessoa, novo delator da Opera��o Lava-Jato, que investiga um esquema de corrup��o na Petrobras.

Al�m de todos os problemas, a presidente Dilma embarcou sem dois dos principais nomes do seu minist�rio. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi hospitalizado na noite de sexta-feira, com quadro de embolia pulmonar, e s� conseguiu autoriza��o m�dica para viajar � noite. Do grupo pol�tico, Aloizio Mercadante, tamb�m citado pelo delator, decidiu n�o acompanhar a presidente para se explicar sobre as declara��es de Ricardo Pessoa.

Em dela��o premiada � Procuradoria-Geral da Rep�blica, o presidente da UTC detalhou que repassou R$ 3,6 milh�es em caixa dois para o PT e, ainda, que a campanha da presidente teria recebido R$ 7,5 milh�es. N�o bastassem os esc�ndalos, a rejei��o ao governo de Dilma deu salto de 22%, em agosto de 2013, para 65%, este m�s, de acordo com o Datafolha.

Se, no cen�rio pol�tico, Dilma est� em situa��o delicada, o panorama econ�mico est� longe de ser animador. Em outubro de 2013, quando ela decidiu adiar a ida aos EUA, o Brasil tinha taxa de desemprego de 5,2%, contra 6,7% anunciados na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A infla��o estava sob controle. Em outubro de 2013, o acumulado de 12 meses do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a infla��o oficial, era de 5,84%. O mesmo �ndice j� alcan�ou 8,47% em maio, acima do teto da meta para o ano, de 6,5%.

Hoje, a presidente cumpre agenda em Nova York, onde est� prevista uma reuni�o com investidores e empres�rios. Na segunda-feira, ela estar� em Washington para um jantar de gala oferecido pelo presidente Barack Obama na Casa Branca. Na ter�a-feira, eles voltam a se encontrar para reuni�o de trabalho. A agenda se encerra na Calif�rnia, com visita � sede do Google, ao Centro de Pesquisas da Nasa e � Universidade Stanford. Ao longo da viagem, 10 ministros participar�o da comitiva.

Antes de embarcar, a presidente conversou com o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e disse ter certeza de que a visita “ser� de grande import�ncia”. Biden tamb�m transmitiu “a elevada expectativa do governo americano”. Ambos os pa�ses tratam o assunto espionagem como superado. Em 2013, houve den�ncias de que a Ag�ncia Nacional de Seguran�a norte-americana (NSA, na sigla em ingl�s) espionou a presidente, seus assessores e a Petrobras.

 


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