Nos EUA, Dilma evita comentar doa��es

A presidente Dilma Rousseff come�ou oficialmente ontem sua viagem aos Estados Unidos com uma reuni�o com empres�rios brasileiros e sem comentar a mais recente den�ncia da Opera��o Lava-Jato, de que sua campanha teria recebido, em 2014, doa��es ilegais da UTC, uma das empreiteiras investigadas. Dilma desembarcou em Nova York na noite de s�bado e, na chegada ao hotel, ignorou uma pergunta da imprensa sobre o assunto e disse apenas que tinha uma expectativa “muito boa” para a visita e as reuni�es com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Fazem parte da delega��o 25 empres�rios que t�m rela��es comerciais com os EUA, entre eles Carlos Fadigas, presidente da Brasken, cujos maiores acionistas s�o Petrobras e Odebrecht, investigadas na Lava-Jato. Para o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, as investiga��es de corrup��o n�o s�o um empecilho para o fechamento de novos neg�cios, j� que elas podem ser apresentadas como um aspecto positivo. “O importante � que h� um ambiente institucional maduro.”

Internado �s pressas na sexta-feira � noite com diagn�stico de embolia pulmonar, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou aos EUA a tempo de participar da reuni�o de Dilma com empres�rios. Ele afirmou estar se sentindo bem e negou ter desobedecido as ordens m�dicas.

Os la�os entre o Brasil e os EUA foram abalados em 2013 depois da revela��o de que a ag�ncia de espionagem americana monitorou comunica��es de Dilma e de seus ministros. Na �poca, em protesto, a presidente chegou a cancelar uma visita j� agendada � terra de Obama. Hoje, Dilma ter� uma nova rodada de encontros com empres�rios e investidores em Nova York. Em seguida, embarca para Washington, onde ser� recebida com um jantar no Sal�o Azul da Casa Branca, oferecido pelo presidente dos EUA. Amanh�, os dois presidentes ter�o reuni�o de trabalho.

Com ag�ncias