Nova York e Washington - O encontro que os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama ter�o nesta ter�a-feira em Washington dever� terminar com o an�ncio de um ambicioso programa de reflorestamento no Brasil, que contribuir� para a redu��o de emiss�es e sinalizar� o compromisso do Pa�s com o sucesso da confer�ncia do clima marcada para dezembro em Paris.
Dilma indicou ontem que poderia ir al�m e aceitar o an�ncio de metas de redu��o de emiss�es, algo que os americanos gostariam de ver. "Este ano voc� tem a COP 21 e, dentro da COP 21, n�s pretendemos fazer an�ncios conjuntos, o Brasil e o governo americano", declarou, usando a sigla pela qual a confer�ncia do clima de Paris � conhecida. Questionada se haveria a divulga��o de metas espec�ficas, respondeu: "Essa � a ideia". Em seguida, ressaltou: "Veja bem o que eu disse: ideia".
A expectativa � que a presidente Dilma anuncie como meta acabar com o desmatamento ilegal em dez anos. No encontro, Dilma pretende antecipar tamb�m alguns pontos do plano de contribui��o volunt�ria para conter o aquecimento global. A expectativa era de que essas contribui��es fossem informadas apenas em outubro, quando os pa�ses v�o apresentar suas redu��es volunt�rias.
O Brasil ainda n�o apresentou seus compromissos de corte de emiss�es para a confer�ncia e resistia a fazer isso no �mbito de uma reuni�o bilateral com os Estados Unidos. Os americanos pressionam para que a visita de Dilma termine com um an�ncio semelhante ao realizado no ano passado por EUA e China, os maiores poluidores do mundo. Durante viagem de Obama a Pequim, os dois pa�ses assumiram o compromisso de reduzir emiss�es de gases que provocam o efeito estufa.
Mas integrantes do governo observam que n�o faz sentido o Brasil apresentar um compromisso multilateral em uma visita de Dilma aos EUA.
Os dois presidentes ter�o uma reuni�o de trabalho na manh� de hoje, na Casa Branca. Em seguida, dar�o entrevista coletiva na qual devem anunciar os acordos fechados. Os americanos fizeram um gesto de boa vontade ontem, ao anunciar a abertura do mercado �s importa��es de carne in natura do Brasil, colocando fim a bloqueio de 15 anos.
Tamb�m deve ser adotada uma s�rie de medidas de simplifica��o e facilita��o do com�rcio bilateral. Na estimativa do governo brasileiro, as mudan�as t�m potencial de elevar em 10% os embarques do Brasil para a maior economia do mundo. Em 2014 o com�rcio bilateral foi de US$ 62 bilh�es, uma fra��o dos quase US$ 600 bilh�es registrados entre EUA e China.
Coopera��o em educa��o e ci�ncia e tecnologia ser� tema de alguns dos acordos a serem anunciados, o que reflete a vis�o do governo Dilma de que os EUA s�o fundamentais para fomentar a inova��o no Brasil. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.