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Estado de Minas

"Confio nela", diz Obama sobre Dilma Rousseff


postado em 01/07/2015 09:27 / atualizado em 01/07/2015 09:33


Celebrando a identidade e os valores comuns do Brasil e dos EUA, os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama se encontraram na �ltima ter�a-feira na Casa Branca para colocar fim a quase dois anos de abalo na rela��o bilateral. O americano disse que o Brasil � um ator global e "parceiro absolutamente indispens�vel" no enfrentamento de desafios mundiais, entre os quais a mudan�a clim�tica, que teve lugar de destaque no encontro.

O apoio de Obama ocorre num dos per�odos de maior turbul�ncia pol�tica e econ�mica da gest�o Dilma, iniciada em janeiro de 2011. "Eu acredito que esta visita marca mais um passo em um novo e mais ambicioso cap�tulo no relacionamento entre nossos pa�ses. N�s estamos focados no futuro", disse Obama ao lado de Dilma, na entrevista coletiva no Sal�o Leste da Casa Branca. Ap�s uma jornalista brasileira ter citado o termo "pot�ncia regional" para se referir ao Brasil, o presidente americano tomou a palavra e afirmou: "N�o enxergamos o Brasil como uma pot�ncia regional, mas como uma pot�ncia global".

Dilma afirmou que a ida a Washington representou o "relan�amento" das rela��es bilaterais, virtualmente congeladas desde que ela cancelou a visita de Estado que faria a Washington em 2013, em protesto contra a espionagem de suas comunica��es pela Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA).

A brasileira se dirigiu ao americano como "querido presidente", enquanto ele a chamou de "parceira e amiga". Na maior parte das vezes em que se referiu � visitante, Obama usou o seu primeiro nome, algo pouco usual no protocolo americano, no qual l�deres s�o tratados pelo sobrenome. "Dilma, eu quero agradecer o seu compromisso de levar a parceria entre nossos pa�ses a um novo patamar."

CONFIAN�A Sobre as dificuldades de reconstruir a confian�a da rela��o bilateral no momento em que Dilma enfrenta uma crise pol�tica dom�stica, Obama respondeu: "Eu confio nela totalmente. Ela sempre foi muito honesta e franca comigo sobre os interesses do povo brasileiro e sobre como podemos trabalhar junto. Ela cumpriu o que prometeu". Questionada pela imprensa se o epis�dio da NSA estava superado, a presidente observou que "algumas coisas mudaram" desde 2013.

Segundo Dilma, Obama e o governo americano declararam "em v�rias oportunidades" que n�o haveria mais "atos de intrus�o" em pa�ses amigos. "Eu acredito no presidente Obama. E tem mais: ele tamb�m me disse que, se precisar de alguma informa��o n�o p�blica sobre o Brasil, ele me telefonaria. Ent�o eu tenho certeza de que as condi��es passaram a ser bastante diferentes agora", afirmou. A economia brasileira tamb�m mudou desde 2013.

Naquele ano, o PIB cresceu 2,8% e o desemprego estava contido. Agora, Dilma comanda uma economia que deve encolher 1,1% em 2015, o que ter� consequ�ncias negativas sobre o mercado de trabalho. Com a ida aos EUA, a presidente tenta encontrar novas fontes de crescimento, atrair investimentos e estreitar la�os com a maior fonte de inova��o do mundo. Depois da crise financeira de 2008, a maior economia do planeta reagiu e deve crescer ao menos 3% em 2015. Dilma e Obama tamb�m discutiram a situa��o na Am�rica Latina, como a crise na Venezuela e a mudan�a da pol�tica americana em rela��o a Cuba.

Ela elogiou a reaproxima��o entre Washington e Havana. "Esse � um momento muito decisivo na rela��o com a Am�rica Latina: o fim da Guerra Fria e o estabelecimento de uma rela��o de qualidade que muda o patamar do relacionamento dos Estados Unidos com toda a regi�o." Obama enfatizou a import�ncia do Pa�s para as rela��es dos Estados Unidos na Am�rica Latina. "Uma pedra angular de nosso engajamento com a regi�o � uma forte parceria com o Brasil", pontuou.


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