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Estado de Minas

Lava-Jato n�o pode pautar o pa�s, diz Lula


postado em 01/07/2015 10:01 / atualizado em 01/07/2015 10:18

Em reuni�o realizada na ter�a-feira com senadores do PMDB, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva afirmou que a situa��o do Pa�s exige "desprendimento" pol�tico e pediu apoio � presidente Dilma Rousseff. Um dia depois de conversar com parlamentares do PT, Lula fez um movimento para reaproximar o PMDB do governo e disse ser preciso impedir que investiga��es da Pol�cia Federal, como a Opera��o Lava-Jato, "contaminem" a pol�tica e a economia.

"A Lava-Jato n�o pode ser a agenda do pa�s", insistiu o ex-presidente, em caf� da manh� na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Em um gesto que causou surpresa, Lula pediu a Renan que "releve" os problemas com Dilma, "fique mais perto" e ajude o governo a sair da crise. Desde que teve o nome inclu�do nas investiga��es da Lava-Jato, Renan tem criado dificuldades e imposto derrotas ao Planalto em dobradinha com o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), outro alvo da PF.

Depois de criticar publicamente a administra��o de Dilma, que definiu como "governo de mudos", Lula agora tentou jogar �gua na fervura em conversas mantidas em Bras�lia desde segunda-feira. Para um senador do PMDB, "ele viu que, chutando o pau da barraca, a barraca cairia na cabe�a dele".

MERCADANTE Pouco antes do caf� da manh� com os senadores do PMDB, Lula se reuniu com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, num hotel de Bras�lia. O encontro foi mantido sob sigilo. A assessoria do Instituto Lula negou a reuni�o, confirmada pela reportagem.

O ex-presidente est� preocupado com os desdobramentos da dela��o premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC. De uma s� vez, o empreiteiro atingiu as campanhas de Dilma, Lula e Mercadante. N�o foi s�: disse que Edinho Silva, ent�o tesoureiro do comit� da reelei��o e hoje ministro da Comunica��o Social, teria amea�ado a UTC com o fim dos contratos na Petrobr�s, caso n�o recebesse doa��es para a campanha. Todos negam as acusa��es.

Em conversas reservadas, Lula defendeu mais de uma vez a substitui��o de Mercadante por Jaques Wagner, atual titular da Defesa, e do ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, que, na sua avalia��o, n�o controla a PF. Ainda ontem, em Washington, Dilma foi questionada sobre o assunto e disse que n�o demite nem nomeia ministro pela imprensa.

Na segunda-feira, em reuni�o com deputados e senadores do PT, Lula afirmou que os petistas n�o podem ser ing�nuos nem lavar as m�os diante do governo Dilma. "N�o existe PT sem governo nem governo sem PT", argumentou. Ele lembrou que at� integrantes do Minist�rio P�blico admitiram que a Lava-Jato pode chegar perto da elei��o presidencial de 2018.

"Todo vazamento � contra o PT. O que eles querem � ver Dilma e o PT sangrarem at� l�", afirmou Lula, diante da plateia petista. Com um discurso que contrariou pronunciamentos anteriores, o ex-presidente disse que o ajuste fiscal � "p�gina virada" e que os petistas precisam divulgar as "realiza��es" do governo.

"O Plano Nacional de Educa��o � muito bom. S� que ningu�m conhece", provocou Lula. "N�s precisamos olhar para a frente. Temos que esquecer esse discurso do ajuste e passar para a defesa do crescimento, da retomada do emprego e do controle da situa��o econ�mica do Pa�s", emendou o l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE).


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