
O presidente da Rep�blica em exerc�cio, Michel Temer, minimizou nesta quarta-feira, o resultado da pesquisa Ibope, divulgada pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), que mostra que aumentou de 76% para 82% o total de entrevistados que consideram o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff pior do que o primeiro. "Voc� sabe que isso � c�clico, n�? Essas pesquisas muitas vezes, em todos os governos, � assim. Voc� tem altos e baixos", minimizou Temer.
"Agora est� numa posi��o de baixa, mas a presidente est� tendo uma viagem extremamente bem-sucedida nos Estados Unidos, est� trazendo as melhores not�cias, portanto tenho absoluta convic��o que, em pouqu�ssimo tempo, vamos ter um crescimento na popularidade do governo e da presidente", prosseguiu.
Em junho, o governo apostava no lan�amento do bilion�rio plano de log�stica em infraestrutura para emplacar uma agenda positiva e "virar a p�gina do ajuste fiscal", mas o governo se viu confrontado com os novos desdobramentos da Opera��o Lava Jato, que chegam cada vez mais perto do Planalto e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Crise institucional
Temer afirmou ainda que o Pa�s n�o atravessa "de jeito nenhum" uma crise institucional, a que considera a "maior das crises". Em discurso no evento no Congresso Nacional de mudan�a da c�pula do PCdoB, Temer defendeu que se rompa o ciclo hist�rico de crises no Brasil a cada 25, 30 anos.
"Podemos ter uma pequena dificuldade econ�mica que se resolve exatamente pela atua��o conjugada do Legislativo, do Executivo e do Judici�rio. N�s podemos ter uma dificuldade de um problema de uma suposta crise pol�tica em face de uma diverg�ncia de um ou outro partido aqui no Congresso Nacional ou diverg�ncia de partidos da base, mas inteiramente control�vel", afirmou Temer, presidente do PMDB.
Ao fazer uma digress�o hist�rica, Temer disse que ocorre uma "coisa curiosa" no Brasil em que a "mais ou menos" 25 anos o Pa�s passa por uma crise econ�mica, pol�tica ou institucional. Foi assim em 1891 a 1930, de 30 a 45, de 45 a 64, de 64 a 88. � como se tiv�ssemos no nosso g�nio, no nosso esp�rito, a necessidade de ter uma crise no Brasil a cada 25, 30 anos", mencionou.
Para o presidente do PMDB, contudo, agora o Brasil tem uma "credibilidade institucional extraordin�ria". E conclamou os presentes a combater "com vigor" as afirma��es de que h� crise institucional no Pa�s. "N�o temos crise e n�o vamos ter", afirmou.