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Estado de Minas

Visita beneficiou momento fr�gil da petista


postado em 02/07/2015 07:07 / atualizado em 02/07/2015 09:10

S�o Paulo - A visita da presidente Dilma Rousseff ao chefe do Executivo americano, Barack Obama, nos �ltimos dias contribuiu para atenuar o desgaste gerado com a baixa popularidade da petista neste momento atual de fragilidade pol�tica.

Os principais rendimentos do encontro ao Brasil s�o de natureza econ�mica, uma vez que a agenda bilateral de Dilma com investidores dos Estados Unidos foi considerada bem-sucedida. A inten��o de Obama em facilitar a entrada de brasileiros no pa�s norte-americano � um exemplo. “O aceno positivo ao acordo Global Entry claramente atende uma parcela mais espec�fica da popula��o, que vem a ser os oposicionistas do governo da presidente, as classes mais altas. � um ponto que merece aten��o”, destaca Dawisson Bel�m Lopes, professor do Departamento de Ci�ncia Pol�tica da UFMG. Para ele, esse acordo, ainda que seja uma demanda mais espec�fica de ordem consular, contribui para o resgate das “rela��es desgastadas entre os dois pa�ses”.

O especialista Lucas Leite, da Unesp e pesquisador visitante da Georgetown University em Washington, reitera o papel do Global Entry como um dos pontos mais positivos da visita e acrescenta outro valor. “A visita de Dilma Rousseff aos Estados Unidos teve um papel n�o apenas pr�tico, de estabelecer acordos e entendimentos, mas tamb�m simb�lico. Representou o estreitamento das rela��es entre dois pa�ses que t�m um longo hist�rico de coopera��o e que precisavam demonstrar terem superado o anterior epis�dio da espionagem norte-americana”, disse.

O epis�dio protagonizado pela Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA) americana, em 2013, fez com que Obama figurasse como o “devedor” do encontro bilateral desta semana. “N�o deixa de ser uma forma de compensar todo o mal-estar e desconfian�a que havia com os EUA e de reconstruir as pontes com os americanos, uma vez que Obama entra como devedor nessa hist�ria”, avaliou Bel�m Lopes.

‘Pot�ncia global’

Ao definir o Brasil como uma “pot�ncia global”, e n�o “regional”, Obama enviou uma resposta ao mundo de efeito mais diplom�tico do que pr�tico, consideram os acad�micos. “Tradicionalmente, esse tipo de fala n�o tem muito impacto pr�tico, n�o vai significar um apoio dos EUA para que o Brasil fa�a parte do Conselho de Seguran�a da ONU, por exemplo, ou qualquer outra concess�o em f�runs de seguran�a e economia. N�o � um aceno que possa ser traduzido no curto prazo. Eu diria que � mais uma maneira de gerar confian�a na constru��o de uma rela��o interpessoal, de estender a m�o a uma presidente fragilizada”, afirmou Bel�m Lopes.

O professor Feliciano de S� Guimar�es, da USP, refor�a a interpreta��o de que a leitura de Obama sobre o Brasil deve ser vista com reserva. “Obama mostrou interesse em cativar as autoridades brasileiras, uma vez que a vis�o do Brasil em ascens�o no cen�rio global � algo muito caro por aqui, independentemente do matiz pol�tico. Ao mesmo tempo, os EUA percebem o Brasil como uma pot�ncia regional com crescente influ�ncia em diversos palcos globais.”

China

Segundo Guimar�es, h� outros interesses por tr�s da simpatia norte-americana. “Provavelmente, h� uma leitura em Washington de que, embora em crise, o Brasil continuar� a ter mais influ�ncia. H� tamb�m um interesse dos EUA em n�o deixar o Brasil gravitar totalmente para a esfera de influ�ncia chinesa, e a visita de Dilma � uma oportunidade nesse sentido. Tratar o Brasil com import�ncia, ajuda”, analisou.

O vice-presidente da Americas Society, Brian Winter, afirmou que os investidores presentes em reuni�o com a presidente sa�ram bem impressionados nesse momento de reabertura comercial. “A presidente estava relaxada, atenta aos coment�rios dos presentes, demonstrando uma posi��o amig�vel com o setor privado. Os EUA sabem, h� uma d�cada, que o Brasil � a s�tima economia mundial.”


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