CPI da Petrobras pode ouvir policiais federais em sess�o reservada

Bras�lia - Pela primeira vez na CPI da Petrobras, dois depoimentos devem ocorrer na manh� desta quinta-feira a portas fechadas: o do agente da Pol�cia Federal Dalmey Fernando Werlang e do delegado da PF Jos� Alberto de Freitas Iegas. A realiza��o em car�ter reservado da audi�ncia ainda depende da aprova��o do plen�rio da comiss�o.

O agente da PF est� envolvido no caso da escuta clandestina encontrada no segundo andar da Superintend�ncia da Pol�cia Federal, em Curitiba - sede das investiga��es da Opera��o Lava-Jato. Especialista no assunto, o agente � apontado como respons�vel pela implanta��o da escuta clandestina e tamb�m pelas escutas inativas na cela onde estava o doleiro Alberto Youssef. Iegas era diretor de Intelig�ncia da PF e teria mandado investigar o caso de abril do ano passado.

Embora n�o tenha mais nenhuma rela��o com as investiga��es da Opera��o Lava-Jato, o ex-diretor da PF informou aos deputados que, como as investiga��es sobre a escuta ambiental ainda est�o sob sigilo judicial, n�o poderia depor em uma sess�o aberta. O deputado Alu�sio Mendes (PSDC-MA) anunciou que pedir� a quebra de sigilo das investiga��es sobre o caso.

Iegas e Werlang foram convocados para esclarecer se houve esquema de coopta��o de agentes federais para que a opera��o fosse desqualificada, o que acarretaria a invalida��o dos inqu�ritos.

Petroqu�mica Suzano

Possivelmente o �nico a ser ouvido hoje em sess�o aberta � o empres�rio Auro Gorentzvaig, ex-conselheiro e acionista da Petroqu�mica Triunfo. O empres�rio disse ao Minist�rio P�blico Federal que a Petrobras comprou a Petroqu�mica Suzano pelo triplo do valor de mercado.

Ele sustentou que a negocia��o se deu com o conhecimento do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. O objetivo, segundo Gorentzvaig, era salvar a Suzano Petroqu�mica, que estava endividada.