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Estado de Minas

'Se achar que n�o contribuo mais, sairei', diz Cardozo


postado em 03/07/2015 11:07 / atualizado em 03/07/2015 11:24

O ministro José Eduardo Cardozo foi convidado pela Executiva do PT para explicar o que os petistas entendem como
O ministro Jos� Eduardo Cardozo foi convidado pela Executiva do PT para explicar o que os petistas entendem como "vazamentos seletivos" da Opera��o Lava-Jato (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Bras�lia - Pressionado pelo PT a controlar a Pol�cia Federal, diante dos esc�ndalos que atingem o partido e batem � porta do Pal�cio do Planalto, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, afirmou na quinta-feira, 2, que n�o orienta as investiga��es nem para beneficiar aliados ou punir advers�rios e admitiu a possibilidade de deixar o cargo.

"Se eu achar que n�o contribuo mais para o projeto e n�o sirvo mais � presidenta, sairei", disse Cardozo.

Na semana passada, o ministro chegou a ser convidado pela Executiva de seu partido para explicar o que os petistas entendem como "vazamentos seletivos" da Opera��o Lava-Jato. A estrat�gia foi considerada "um tiro no p�" pelo Planalto e o PT recuou.

"Eu n�o tenho de prestar informa��es s� ao PT, mas a qualquer for�a pol�tica que desejar explica��es em rela��o aos meus atos", reagiu Cardozo. Mas, mesmo diante de uma nota de apoio � sua atua��o, divulgada no fim da tarde por deputados federais do PT, o ministro desconversou sobre seu futuro: "N�o tem nem fico nem sai".

Sobre uma poss�vel sa�da do minist�rio, Cardozo afirma que, "o Minist�rio da Justi�a tem, sim, prazo de validade". E completa, "tenho hoje uma situa��o at� curiosa porque, no per�odo democr�tico, sou o ministro que ficou mais tempo no cargo. O que eu posso afirmar � que, dentre os meus muitos defeitos, a lealdade � uma qualidade. Sou leal � presidenta Dilma e ao projeto que ela representa. Enquanto eu servir a esse projeto e ela achar que eu sirvo, ficarei. Se eu achar que n�o contribuo mais para o projeto e n�o servir mais � presidenta, sairei. Mas continuarei defendendo o projeto onde quer que esteja porque acredito na presidenta Dilma e na sua honestidade".

"N�o existe nem fico nem saio", diz Cardozo. "Como ministro, eu n�o tenho de prestar informa��es s� ao PT, mas a qualquer for�a pol�tica que deseje explica��es em rela��o aos meus atos. Sempre que for convidado, irei com grande prazer".

Cardozo afirma n�o se sentir tra�do por seus pares e diz que n�o foi pressionado a intervir nas investiga��es "de forma nenhuma". "Eu represento um projeto que ajudei a construir desde a origem do PT. Agora, � evidente que h� diverg�ncias. Eu mesmo perten�o a uma corrente (Mensagem ao Partido) que por vezes expressa posi��es diferentes. � leg�timo que pessoas me aplaudam ou vaiem. Eu agi, ajo e agirei, enquanto aqui permanecer, de acordo com a Constitui��o e com a minha consci�ncia. Jamais um ministro da Justi�a, num Estado de Direito, deve orientar investiga��es, dizendo que os inimigos devem ser atingidos e os amigos, poupados. Tenho minha consci�ncia absolutamente tranquila", afirma.

Indagado se Lula ser� o pr�ximo alvo da Lava Jato, o petista afirma que o ex-presidente � "um l�der reconhecido no Brasil e no mundo" e diz n�o acreditar que ele possa "ter praticado atos lesivos ao patrim�nio ou atos il�citos". "N�o vejo como ele possa ser alvo de investiga��o", diz Cardozo.

Sobre o momento mais dif�cil que teria enfrentado, o ministro sorri e afirma que depois da posse, em 2011, n�o se "lembra de momentos f�ceis".

Dilma

Questionado sobre os esc�ndalos da Opera��o Lava Jato terem atingido at� mesmo a visita da presidente aos Estados Unidos e sobre como governo pode sair das cordas e criar uma agenda positiva, o ministro afirma que "a visita da presidenta aos Estados Unidos foi muito exitosa" e diz n�o crer que o governo "esteja nas cordas". Segundo ele, "assa, sim, por uma turbul�ncia natural".


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