
Em conven��o nacional do PSDB em Bras�lia neste domingo, tucanos apresentaram a legenda como alternativa para assumir o poder at� mesmo antes das elei��es de 2018. A crise do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e a possibilidade de que ela n�o consiga concluir seu mandato permeou discursos dos principais representantes do partido na solenidade que reconduziu o atual presidente do PSDB, o senador A�cio Neves, ao comando da legenda por mais dois anos. Ao lado de A�cio, em sinal da unidade do partido, estavam presentes o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Jos� Serra.
A�cio pediu aos tucanos para levarem no peito dois sentimentos: a unidade e a coragem. “Coragem para fazer o que precisa ser feito. Vamos superar e vencer. N�o seremos mais oposi��o, vamos ser governo para limpar a lamban�a que o PT fez no poder”, disse. Em seu discurso, o senador enfatizou a crise econ�mica e pol�tica atravessada pelo pa�s e deu a entender que a presidente pode n�o conseguir governar at� 2018. “Ao final do governo (Dilma), que n�o sei quando ocorrer�, talvez mais breve que imaginam, os brasileiros ficar�o mais pobres”, afirmou.
O l�der do PSDB n�o falou de impeachment, mas refor�ou em seu discurso que Dilma pode n�o permanecer na Presid�ncia at� o fim do mandato. "Esse grupo pol�tico que est� a� caminha a passos largos para a interrup��o do seu mandato", disse.
O senador tamb�m citou a hip�tese de a presidente ter suas contas rejeitadas por causa de irregularidades como as pedaladas fiscais – manobras cont�beis para atingir metas fiscais. “Uma pr�tica que pode levar a presidente a ter suas contas rejeitadas, algo in�dito em 100 anos”, enfatizou A�cio. Ele tamb�m relacionou o governo Dilma � Opera��o Lava-Jato, que investiga esquema de propina na Petrobras. “Esc�ndalos que colocam sob suspei��o a campanha que elegeu a atual presidente e est� sendo investigada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”, refor�ou A�cio, para quem o PSDB “nunca teve papel t�o relevante para a hist�ria do pa�s”.
O compromisso da legenda no momento de crise tamb�m foi destacado por FHC. “Nunca vi tanta responsabilidade acumulada nas vozes e nos bra�os das lideran�as”, afirmou o ex-presidente, que citou momentos como a queda de Get�lio Vargas, a ren�ncia de J�nio Quadros e o in�cio do regime militar. “Nunca vi um momento como esse em que se acumulam crises de v�rios tipos”, disse.
Segundo FHC, a crise tem “tudo para se agravar”, levando � paralisa��o do Executivo. “N�o somos donos do que vai acontecer nas semanas e meses seguintes, mas donos de n�s mesmos”, afirmou. Na sequ�ncia, o ex-presidente ressaltou que, dependendo das circunst�ncias, o partido tem que estar pronto para assumir o que venha pela frente. “Porque o PSDB sabe governar”, disse. “Queremos reconstruir o Brasil e tir�-lo da trag�dia”, afirmou FHC.
O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, um dos principais nomes do PSDB, enfatizou o dever do partido e disse que o PT est� “no fundo do po�o”. “Cabe a n�s a miss�o de eles n�o deix�-los (PT) carregar o Brasil junto com eles. Superada a recess�o, superado o flagelo do petismo, o Brasil poder� recuperar o seu crescimento”, afirmou. Alckmin tamb�m atacou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. “N�o podemos esquecer que os brasileiros mais pobres n�o podem caber a conta dessa trag�dia pol�tica, o Lula quer por os seus pr�prios erros dos ombros do povo, isso tudo para salvar a sua cabe�a”, afirmou.