Bras�lia - PT e partidos aliados divergiram nessa ter�a-feira, 7, sobre o tom das notas de apoio � presidente Dilma Rousseff, explicitando a diferen�a na estrat�gia para combater a crise pol�tica.
Constrangimento
O presidente do PT, Rui Falc�o, queria que a nota dos aliados contivesse um tom mais efusivo em defesa da presidente e men��es diretas ao Tribunal de Contas da Uni�o. Isso acabou por causar constrangimento aos l�deres das siglas da base, que preferiram divulgar uma nota mais "amena" e com apenas cita��o indireta ao tribunal.
Prevaleceu o entendimento de que os ministros do TCU ainda n�o se pronunciaram sobre o caso das "pedaladas fiscais". Em raz�o disso, uma cita��o ao tribunal poderia desencadear uma rea��o negativa.
Falc�o chegou com a nota pronta na reuni�o realizada na Vice-Presid�ncia da Rep�blica com lideran�as da base aliada, mas teve de fazer mudan�as defendidas por alguns dos presentes. Foram retirados do texto ataques diretos � oposi��o, liderada pelo PSDB, do senador A�cio Neves (MG), o que fez com que o PT produzisse suas pr�prias notas, mais contundentes. "N�o h� crise pol�tica nenhuma, as institui��es est�o funcionando regularmente", disse Falc�o, ao deixar o gabinete do vice-presidente.
Chamou aten��o o fato de o texto final da nota dos aliados n�o ter sido assinado por duas legendas da base. O PP, que det�m o Minist�rio da Integra��o Nacional, e o PTB, que tem indicados no segundo escal�o do governo. Somados, os partidos que assinam a nota t�m 263 deputados.
A nota tamb�m n�o menciona o processo sobre as presta��o de contas da �ltima campanha presidencial, que tamb�m dever� ser avaliado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste segundo semestre. Segundo fontes, isso ocorreu porque o processo imediato a ser avaliado � o do TCU.