S�o Paulo, 09 - A probabilidade de um impeachment da presidente Dilma Rousseff subiu para entre 20% e 25% atualmente na avalia��o da Nomura Securities. Em relat�rio divulgado nesta quinta-feira, 9, assinado pelo economista Jo�o Pedro Ribeiro, a institui��o afirma que os acontecimentos das �ltimas tr�s semanas elevaram a chance de um impeachment da mandat�ria. "A pol�tica brasileira tende a ser confusa, por isso � dif�cil atribuir probabilidades, mas estimamos que a chance de um impeachment subiu para 20%-25%, de cerca de 10% no come�o de 2015", diz o texto.
O relat�rio destaca que o processo de impeachment presidencial n�o � somente uma quest�o legal, mas tamb�m pol�tica, mas ambas as situa��es t�m se deteriorado no que diz respeito ao governo. O economista que a consultoria n�o atribui uma probabilidade maior ao cen�rio de impeachment por duas raz�es. Em primeiro lugar, h� o front pol�tico. Seria mais vantajoso para a oposi��o - que tamb�m est� envolvida em den�ncias que est�o vindo � tona - fragilizar a presidente, diminuindo seu apoio e for�ando-a constantemente a adotar decis�es impopulares, para facilitar assim o caminho para a mudan�a de governo em 2018.
Em segundo lugar, a Nomura lembra que a presidente ainda n�o foi condenada. "A interpreta��o mais comum na legisla��o brasileira � de que a presidente deve ser considerada culpada por irregularidades no atual mandato para que ocorra o impeachment. Mesmo que isso n�o seja um entrave, e h� diversas interpreta��es, � um obst�culo", afirma o relat�rio.
O texto lembra que � dif�cil apontar datas-chave para acompanhar o caso, porque muitos eventos importantes n�o t�m um calend�rio definido. "No curto prazo, destacamos a terceira semana de julho, quando o TCU (Tribunal de Contas da Uni�o), que vai julgar as contas fiscais de 2014, vai ouvir a defesa do governo", avalia o economista.
Por fim, o relat�rio aponta que a instabilidade pol�tica traz muitas incertezas e riscos para a gest�o da economia. "Mesmo que o impeachment se torne realidade, n�o trabalhamos com um cen�rio de agita��o social ou qualquer tipo de crise que afete o controle das institui��es", observa a Nomura.