
Bras�lia - Em meio a especula��es de que teria sido escalado pelo Pal�cio do Planalto para poupar ministros que trabalham diretamente com a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, afirmou n�o ver nenhum problema em ter sido convocado para prestar esclarecimentos � CPI da Petrobras.
Questionado sobre a poss�vel estrat�gia do governo, Cardozo respondeu: "A mim n�o cabe entrar neste m�rito. Francamente, acho que � dever de um ministro ir ao Parlamento. N�o vejo por que a minha ida mudaria algum roteiro investigativo da CPI". Ele disse n�o estar surpreso com a convoca��o e que atender� aos parlamentares com prazer. "Se algu�m tem alguma d�vida que eu possa contribuir, � o meu dever", afirmou.
Em coletiva de imprensa no Minist�rio da Justi�a, Cardozo afirmou n�o se sentir abandonado pelo PT. "Recebi inclusive da bancada de deputados do PT um manifesto de apoio � minha conduta", disse h� pouco.
Oficialmente, a presen�a de Cardozo na CPI, ainda sem data marcada, ser� para falar sobre supostas escutas instaladas pela Pol�cia Federal na cela do doleiro Alberto Youssef sem autoriza��o da Justi�a. O ministro informou que a apura��o sobre o caso est� em curso e sob sigilo e que a��es abusivas devem ser coibidas, ressaltando que n�o controla o m�rito de investiga��es da PF.
Cardozo disse ainda que tem sido considerado um ministro "m�o pesada" em quest�es disciplinares. "Foram muitas demiss�es que eu pratiquei na Pol�cia Federal e na Pol�cia Rodovi�ria Federal diante a desmandos comprovados", afirmou. "Talvez eu tenha sido o ministro que mais demitiu por infra��es disciplinares nos �ltimos tempos".