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Estado de Minas

Para poupar Planalto e PT, governo aceita convoca��o de Cardozo por CPI


postado em 10/07/2015 07:37 / atualizado em 10/07/2015 08:04

Bras�lia - Para poupar ministros mais pr�ximos da presidente Dilma Rousseff e livrar da exposi��o o ex-ministro Jos� Dirceu, o PT e o governo decidiram sacrificar o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo. Com a anu�ncia do Pal�cio do Planalto, Cardozo foi convocado a depor na CPI da Petrobras, onde dever� dar explica��es sobre a atua��o da Pol�cia Federal na apura��o do esquema de corrup��o na estatal.

Numa lista com 436 requerimentos protocolados, PMDB e PSDB queriam focar nas convoca��es dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica), al�m de Cardozo e Dirceu. Tamb�m havia requerimentos dispon�veis para vota��o contr�rios aos interesses do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, mas a oposi��o descartou convoc�-lo ou quebrar seus sigilos, pelo menos por enquanto.

O Planalto recha�ava a convoca��o de Mercadante e Edinho porque isso simbolizaria a exposi��o direta da presidente Dilma Rousseff. Na avalia��o do governo, os ministros tamb�m n�o teriam o que explicar � comiss�o porque desconhecem o conte�do da dela��o premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC. O Pal�cio avisou � CPI que, se os ministros fossem chamados, outros nomes citados por Pessoa tamb�m teriam de entrar na lista.

Cardozo, por sua vez, � visto como uma figura bem articulada e capaz de se sair bem no interrogat�rio dos parlamentares. Portanto, se algu�m teria de ir para o "sacrif�cio", o ministro da Justi�a seria "um custo menor", avaliou o governo.

O relator da CPI, Luiz S�rgio (PT-RJ), disse acreditar que Cardozo se sair� "muito bem". A justificativa oficial para a convoca��o foi a de que o ministro falar� sobre supostas escutas instaladas na cela do doleiro Alberto Youssef sem autoriza��o da Justi�a. Ainda n�o foi definida data para o depoimento.

A convoca��o ocorre num momento em que Cardozo sofre press�es internas de seu partido, o PT, por causa das investiga��es da Pol�cia Federal. Conforme revelou o Estado, o partido chegou a convidar formalmente o ministro para prestar informa��es sobre suposto "descontrole" da PF, mas, depois, a legenda voltou atr�s.

Insatisfeitos com a condu��o dos trabalhos da Pol�cia Federal e, em especial, com a impossibilidade de Cardozo frear as investiga��es, os petistas n�o devem fazer o menor esfor�o para blind�-lo no depoimento.

A expectativa � de que Cardozo defenda seus policiais e os rumos da Lava Jato, o que tende a irritar seus colegas de partido.

A previs�o � de que a oitiva do ministro ocorra em agosto. Se houver recesso branco, o depoimento pode ser neste m�s.

"N�o estou aqui nem para proteger nem para perseguir. O ministro Cardozo � preparado e n�o tenho d�vida nenhuma de que ele vai se sair muito bem e esclarecer os pontos que hoje mais da metade dos membros da CPI est�o questionando quanto � legalidade ou n�o da opera��o", disse o relator.

O ministro da Justi�a foi consultado durante as negocia��es e informado de que em algum momento teria de falar � CPI sobre a condu��o das investiga��es da Opera��o Lava Jato. "N�o vejo nenhum problema em comparecer � CPI. Se eu puder colaborar de alguma forma para a elucida��o dos fatos, eu o farei.

Comparecer ao Parlamento � sempre uma honra para mim", disse Cardozo.

Preocupa��o


Al�m da salvaguarda a Mercadante e Edinho, os petistas queriam evitar, a qualquer custo, a convoca��o de Dirceu. A c�pula da CPI foi informada de que Dirceu est� deprimido, desesperado com os desdobramentos das investiga��es e com medo de ser preso novamente. Alguns acreditam que, se for encarcerado mais um vez, o ex-ministro da Casa Civil de Lula n�o ser� capaz de se segurar, como fez no mensal�o, porque j� n�o acredita mais no projeto de poder do PT. "Ele est� desgovernado", relatou um integrante da CPI.

Em recurso - agravo regimental - ao Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF4), os advogados de Dirceu recorreram em busca de habeas corpus para evitar a pris�o do ex-ministro. A defesa cita at� o ex-presidente Lula no recurso. "Tamanho o receio que as pessoas se encontram, haja vista os m�todos investigat�rios ultimamente empregados pela Opera��o Lava Jato, que at� mesmo o sr. ex-presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva disse estar temeroso de que ser�, tamb�m, provavelmente, o pr�ximo alvo da referida opera��o, n�o obstante sequer seja um dos investigados nos procedimentos."

O PMDB abriu m�o de Mercadante e Edinho, mas os tucanos queriam Dirceu. Tanto que a convoca��o do ex-ministro foi colocada como primeiro item da pauta de vota��es para evitar manobras. Segundo relatos, Luiz S�rgio apelou para que Dirceu fosse poupado.


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