O governo italiano cobra do Brasil uma "solu��o" para "quest�es dif�ceis da Justi�a". Sem citar o nome de Cesare Battisti, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, deixou claro em declara��o � imprensa que espera do Pa�s uma decis�o favor�vel em rela��o aos temas de interesse da It�lia.
Battisti foi condenado a doze anos de pris�o na It�lia, mas fugiu. Em 2007, ele foi preso no Rio de Janeiro. Mas o ex-ministro da Justi�a Tarso Genro vetou sua extradi��o e o garantiu asilo, o que seria confirmado em 2010 pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Foi a primeira vez que Dilma esteve com Renzi desde a decis�o do governo italiano em aceitar a extradi��o de Henrique Pizzolato.Oficialmente, o assunto do ex-diretor do Banco do Brasil n�o esteve na agenda. Mas fontes em Roma anteciparam � reportagem que esperam que o Pal�cio do Planalto entenda que o gesto do governo foi in�dito e que, agora, � "tempo de retribui��o".
Uma delas seria o caso de Battisti, condenado por homic�dio na It�lia e que ganhou asilo no Brasil. Agora, com a decis�o de Renzi de extraditar Pizzolato, a esperan�a � de que o gesto seja retribu�do.
Renzi n�o falou em nomes e n�o citou nem Pizzolato e nem Battisti. Mas insistiu que chegou o momento de uma "rela��o renovada" com o Brasil
Pizzolato, condenado no caso do mensal�o, ainda est� preso na It�lia e aguarda uma decis�o final da Justi�a, depois de um recurso do brasileiro que freou o processo. A audi�ncia est� marcada para setembro. Mas, pela primeira vez na hist�ria das rela��es bilaterais, Roma aceitou extraditar um cidad�o que tamb�m tem nacionalidade italiana e que j� fez sua parte.
Investimento
Nesta sexta, o tom da declara��o conjunta de Renzi e Dilma foi justamente o "relan�amento" das rela��es bilaterais. Os italianos tamb�m esperavam ouvir de Dilma uma posi��o favor�vel as empresas de Roma. S�o cerca de 1,2 mil atuando no Brasil, com um estoque de investimentos de quase US$ 20 bilh�es. O com�rcio, em 2014, tamb�m colocou os italianos entre os dez maiores parceiros comerciais.
De seu lado, Dilma convidou as empresas italianas para participar do plano de concess�es lan�ados pelo governo federal. "A It�lia � um parceiro essencial", disse a presidente.
"No com�rcio, Brasil e It�lia tem um caminho a percorrer. As nossas rela��es se dar�o ao mais alto n�vel", afirmou Dilma. "Oportunidades de investimentos se abram no Brasil, como ferrovias e nos leil�es de portos e aeroportos".
Dilma ainda chamou empres�rios italianos a "intensificar sua participa��o" no mercado brasileiro e ainda convidou Renzi a fazer uma visita ao Brasil. "Vamos receb�-lo de bra�os abertos", insistiu Dilma.
Sob o forte calor do ver�o romano, a presidente ainda se disse "iluminada pelo sol, pela cultura e pelas pessoas na It�lia". Em duas ocasi�es, por�m, insistiu em chamar o primeiro-ministro de presidente.
Ainda nesta quinta-feira, ela embarca para Mil�o para visitar o pavilh�o brasileiro na Expo Mundial, evento que passou a ser alvo de protestos sociais pelos gastos p�blicos que representou ao governo italiano em plena crise financeira.