Bras�lia, 14 - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), potencial candidato � Presid�ncia da Rep�blica em 2018, considerou nesta ter�a-feira, 14, que � preciso ter "cautela" sobre um poss�vel pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
De passagem por Bras�lia, Alckmin conversou com a reportagem antes de se reunir com a presidente Dilma Rousseff no Pal�cio do Planalto, onde dever� discutir projetos voltados para a �rea de infraestrutura. Ao ser questionado sobre as declara��es do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) de que � preciso ter "cautela" na discuss�o de um poss�vel impedimento de Dilma, Alckmin respondeu: "Acho que a an�lise est� correta". O governador considerou, entretanto, que, se o Pa�s estivesse atualmente sob o regime parlamentarista, "o governo j� tinha ca�do porque perdeu a confian�a".
Vice na chapa do senador A�cio Neves (PSDB-MG) na �ltima elei��o presidencial, o senador Aloysio Nunes considerou, em entrevista � Folha de S.Paulo, que o processo de impedimento pode ser gerar um "desdobramento dram�tico".
O governador de S�o Paulo n�o quis comentar os poss�veis desdobramentos do julgamento do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), que dever� se reunir at� o pr�ximo m�s de agosto para analisar as chamadas "pedalas fiscais", realizadas pelo governo Dilma no �ltimo ano. Ap�s decis�o do TCU, o processo vai para an�lise dos congressistas que poder�o, ou n�o, iniciar um processo de impeachment.
"Acho que a prioridade deve ser investigar, investigar e investigar. Impeachment � uma consequ�ncia. Mas defendo que sejamos cumpridores da Constitui��o", ressaltou.
Repatria��o
Ao falar sobre os temas na pauta do Congresso, Geraldo Alckmin defendeu a aprova��o do projeto de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que prev� a repatria��o de recursos de brasileiros no exterior n�o declarados � Receita Federal.
A proposta � uma alternativa colocada por integrantes da equipe econ�mica do governo para que a Uni�o possa constituir o Fundo de Compensa��o para Estados que perderem recursos com a reforma do ICMS.
"Pode ser um mecanismo. Tem que repatriar esses recursos. Mas n�o sei se � o fundo ideal porque tem uma previs�o finita", afirmou o governador. "Somos a favor tamb�m da reforma do ICMS. Precisamos reduzir as al�quotas interestaduais", emendou.
Em reuni�o realizada no in�cio da tarde de hoje, o senador A�cio Neves (MG), outro potencial candidato tucano a presidente em 2018, afirmou que o partido vai tentar impedir a vota��o nesta semana do projeto do senador Randolfe.
"Recebi ontem � noite um telefonema do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e conversei sobre o tema. Acho que n�o h� condi��es de que essa proposta seja votada nesta semana como gostaria o governo. � algo complexo, temos que examinar de forma clara o que ocorreu em outros pa�ses que tomaram essa decis�o", afirmou A�cio, atual presidente do PSDB. "O que me parece mais relevante � termos mecanismos que possam permitir a diferencia��o entre recursos l�citos e aqueles que s�o frutos de tr�fico de drogas ou corrup��o", emendou.
Segundo ele, o PSDB tamb�m n�o pretende discutir de forma "afoita" projeto que trata da unifica��o do ICMS. "Mesmo que a maioria aprove a urg�ncia para esse projeto, n�s n�o permitiremos que seja votado nesta semana, para que ele seja discutido com profundidade", defendeu o senador.