Bras�lia – O PMDB segue deixando claro que n�o abandonar� a coaliz�o governista agora, mas j� virou a p�gina do projeto de poder futuro faz tempo. Ontem, durante evento na Funda��o Ulysses Guimar�es, na C�mara, o vice-presidente Michel Temer ratificou o que tem sido dito por caciques da legenda ao longo das �ltimas semanas e confirmado pelo ministro da Secretaria de Avia��o Civil (SAC), Eliseu Padilha, � reportagem: a legenda ter� candidato pr�prio ao Planalto em 2018. “O que est� sendo estabelecido � que o PMDB quer ser, digamos assim, cabe�a de chapa em 2018”, declarou Temer, durante lan�amento da nova plataforma do partido nas redes sociais.
Tamb�m presente ao evento, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi de uma l�gica cristalina. “O PMDB faz parte de uma alian�a, mas sabe que quer buscar, em 2018, o seu caminho, que n�o � com essa alian�a (com o PT)”, ressaltou o presidente da C�mara.
Cunha � um dos que defendem o desembarque imediato. O ministro Padilha, no entanto, d� um prazo mais longo: ap�s as elei��es municipais do ano que vem. Mas a separa��o parece inexor�vel. Na sexta-feira passada, o PMDB da C�mara fez um ato p�blico no Rio de Janeiro, que tamb�m contou com a presen�a de Michel Temer. Foi uma oportunidade para incensar o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Os correligion�rios visitaram as obras das Olimp�adas Rio 2016, grande trunfo do prefeito carioca para almejar voos mais altos daqui a tr�s anos.
SUCESS�O Mas h� quem acredite ser necess�rio muito mais do que est� sendo feito atualmente pelo PMDB. A pr�pria situa��o de Paes como um candidato natural � question�vel. “A Olimp�ada � uma boa vitrine. Mas ele (prefeito do Rio) deixa o mandato ao fim de 2016. Vai ficar sem cargo falando s� de um evento que ele organizou?”, avaliou o deputado L�cio Vieira Lima (PMDB-BA), lembrando que ainda � preciso saber se Paes ter� for�a para eleger o sucessor – o nome prov�vel � do secret�rio municipal da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho Teixeira.
Al�m disso, Vieira Lima afirma que o PMDB precisa, al�m de nomes nacionais, ter um projeto de governo para o pa�s e uma plataforma de campanha. E isso passar�, inevitavelmente, pelas a��es que a legenda ser� capaz de tomar ao longo dos tr�s anos e meio. “O Brasil passa por uma crise, mas n�o � Venezuela. N�o podemos deixar uma economia com o tamanho da nossa sangrando esse tempo todo”, defendeu Vieira Lima.
Com ag�ncias