Bras�lia - O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que defender�, no Congresso do PMDB, em setembro, que o partido desembarque do governo e passe a fazer oposi��o. Questionado se n�o seria invi�vel o PMDB ir para oposi��o tendo Michel Temer como vice-presidente da Rep�blica, ele disse que n�o. "Ele � indemiss�vel", disse.
Ele disse ainda que n�o pode falar pelo PMDB, que n�o obrigar� ningu�m a segui-lo e que apesar desse rompimento, continuar� a pautar as mat�rias do governo normalmente. "Mesmo que PMDB continue apoiando o governo, minha posi��o ser� essa", afirmou. Cunha explicou que o vice-presidente Michel Temer foi informado e que ele respeita sua decis�o. Garantiu tamb�m que n�o h� qualquer rompimento com o vice-presidente. "Se o partido decidir que tem de sair dos minist�rios, tem de sair. � uma decis�o do partido", observou.
Para o parlamentar, as a��es da Procuradoria-Geral da Rep�blica s�o orquestradas com o governo. Ele questionou por que n�o foram abertos inqu�ritos contra os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunica��o Social). Indagado sobre um poss�vel procedimento de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Cunha disse que vai olhar tudo com "olhos da Constitui��o e da lei".
"N�o tenho leitura de oposi��o ou situa��o, mas dos fatos", disse. Ele ainda se defendeu das declara��es feitas por Julio Camargo, que acusou o peemedebista de ter recebido US$ 5 milh�es em propinas. "N�o houve recebimento de dinheiro direto ou indireto", garantiu. Ele afirmou ainda que n�o existe bloc�o e que n�o est� se articulando com outros deputados para formar uma oposi��o. "N�o acho que tem de tacar fogo no Pa�s por causa de uma briga pol�tica. N�o sou do tipo incendi�rio, que p�e fogo na economia", disse.