
Nessa quinta-feira (16), ap�s a divulga��o da dela��o de Camargo, Cunha encontrou-se com o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, comandante do PMDB, para tratar do rompimento com o governo.
A ruptura de Cunha com o governo j� era esperado por aliados e opositores do presidente da C�mara. Dentro do PMDB, Eduardo Cunha sempre foi a principal voz favor�vel ao rompimento do partido com o PT. Ele defendia, no entanto, o desembarque dos peemedebistas do governo e o fim da alian�a entre as duas legendas a partir das elei��es municipais do ano que vem. O envolvimento dele na Opera��o Lava-Jato precipitou a estrat�gia pol�tica de Cunha de desvincular o PMDB do PT.
O prop�sito dele nesta empreitada � a disputa presidencial. Na quarta-feira (15), ao lado de Temer, do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do ex-presidente da Rep�blica Jos� Sarney (PMDB-AP), Cunha voltou a defender de maneira enf�tica que o PMDB tenha candidato pr�prio em 2018. Foi seguido pelos correligion�rios.
Tropa de choque
A pedido do presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a, Arthur Lira (PP-AL), a equipe t�cnica da C�mara dos Deputados fez um levantamento para tra�ar como seria a tramita��o interna de um eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Lira � tido como aliado de Eduardo Cunha e integrante da chamada tropa de choque do presidente da C�mara. Hoje, ele conta com o apio de 206 dos 513 deputadas da Casa. Esse parlamentares integram as chamadas bancadas religiosa (evang�licos, principalmente), ruralista (propriet�rios do meio rural) e da bala (delegados e policiais, entre outros profissionais ligados � seguran�a p�blica).