S�o Paulo, 17 - A Odebrecht divulgou, em comunicado, nesta sexta-feira, 17, que as defesas de seu presidente, Marcelo Odebrecht, e de quatro dirigentes - M�rcio Faria, Rog�rio Ara�jo, Alexandrino Alencar e C�sar Ramos Rocha, todos afastados de suas fun��es - entregaram � Pol�cia Federal peti��o informando que seus clientes "exercer�o seu direito constitucional de permanecer em sil�ncio durante os depoimentos marcados".
O presidente da Odebrecht e os executivos foram intimados para depor � tarde na PF em Curitiba, base da Lava Jato, no inqu�rito que investiga suposto envolvimento da empreiteira no esquema de corrup��o e cartel que se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014. Eles foram alvo da Erga Omnes, a 14� etapa da Lava Jato.
Na manh� desta sexta, o empreiteiro dep�s especificamente sobre o bilhete manuscrito por ele em que dizia 'destruir e-mail sondas' e que foi copiado pela PF na Cust�dia da corpora��o em Curitiba na manh� de 22 de junho. Mas � tarde, no inqu�rito Erge Omnes, Marcelo Odebrecht e os outros dever�o ficar em sil�ncio, segundo o comunicado da companhia.
A empreiteira atribui � PF 'coa��o injusta' e 'cerceamento do direito de defesa'. "Desde a instaura��o do inqu�rito que envolve a Odebrecht, em outubro do ano passado, dirigentes e funcion�rios do grupo sempre estiveram � disposi��o das autoridades para esclarecer os fatos sob investiga��o", diz o comunicado.
A Odebrecht assinala que Marcelo Odebrecht, Marcio Faria, Rog�rio Ara�jo e Alexandrino Alencar j� prestaram depoimentos em inqu�ritos no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justi�a. "Ainda assim, a Pol�cia Federal nunca os convocou para esclarecer o assunto investigado neste inqu�rito. Nem um �nico depoimento foi marcado. Eis que agora, com os peticion�rios presos h� quase um m�s e no apagar das luzes do inqu�rito, subitamente surge o interesse em ouvi-los no �ltimo dia do prazo de encerramento da investiga��o."
A peti��o � subscrita pelos criminalistas Dora Cavalcanti e Augusto de Arruda Botelho. "� absolutamente inaceit�vel aproveitar-se de todo o constrangimento inerente � pris�o cautelar", protestam.