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Estado de Minas

Renan Calheiros afaga Cunha e Temer e anuncia 'meses nebulosos'

Em pronunciamento transmitido pela TV Senado na sexta-feira, presidente do Congresso chamou aten��o para 'agenda pesada' nos pr�ximos meses


postado em 18/07/2015 13:31 / atualizado em 18/07/2015 13:44

(foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)
(foto: Marcelo Camargo / Ag�ncia Brasil)

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, fez afagos ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao vice-presidente Michel Temer e anunciou que os pr�ximos meses ser�o "nebulosos". "N�o diria que ser� um agosto ou setembro negro, mas ser�o meses nebulosos, com certeza, com a concentra��o de uma agenda muito pesada. Cabe a n�s resolv�-la", disse Renan, em pronunciamento transmitido pela TV Senado na noite desta sexta-feira, 17.

A fala dele foi gravada na tarde de sexta-feira, logo ap�s Cunha ter anunciado o rompimento com o governo em entrevista coletiva. O pr�prio Renan, que desmarcou uma entrevista marcada para o mesmo hor�rio do presidente da C�mara, disse ter uma "excelente" rela��o com o colega, tendo atuado junto para "otimizar" os trabalhos do Legislativo.

Ao destacar que o PMDB n�o ser� coadjuvante e ir� em busca do protagonismo, Renan tamb�m elogiou Michel Temer pela import�ncia que tem tido no momento de instabilidade do pa�s. Disse n�o ser "or�culo" para profetizar o desfecho da crise e afirmou que a aprova��o popular da presidente Dilma Rousseff - a quem n�o citou nominalmente ao longo dos 15 minutos de programa - "dispensa coment�rios".

Sobre as discuss�es de impeachment, afirmou que o PMDB n�o defender� solu��es � margem da legalidade e criticou mais uma vez o ajuste fiscal sem crescimento, que � "cachorro correndo atr�s do rabo". Ao negar envolvimento com a Opera��o Lava Jato, frisou ainda que atuar� com isen��o numa eventual recondu��o do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. Veja os principais trechos do pronunciamento.

Segundo semestre

No segundo semestre devemos avan�ar na pauta federativa, na reforma pol�tica e na reforma do ICMS. Teremos um semestre dif�cil, concentrando agendas sens�veis, dificuldade na economia, an�lise de vetos, CPIs, Lei de Responsabilidade das Estatais, Autoridade Fiscal e apreens�es com os indicadores econ�micos. N�o diria que ser� um agosto ou setembro negro, mas ser�o meses nebulosos, com certeza, com a concentra��o de uma agenda muito pesada. Cabe a n�s resolv�-la.

Rela��o com a C�mara


Tenho uma excelente rela��o com o presidente da C�mara e nesse semestre atuamos conjuntamente a fim de otimizar os resultados do Legislativo. Conseguimos. Um exemplo foi a Lei de Responsabilidade das Estatais, que acho muito importante para a transpar�ncia e controle social das empresas p�blicas. Ele tem sido um bom presidente da C�mara, implementando um ritmo de vota��es. Acho que a atua��o dele, a sua independ�ncia, colaborou muito para este momento do Congresso Nacional.

Julgamento das contas

� preciso aguardar a manifesta��o do Tribunal de Contas da Uni�o que, salvo engano, ocorrer� em agosto. At� l�, tudo n�o passar� de especula��o, probabilidades que n�o ser�o, como todos sabem, bons orientadores.

Desfecho da crise


� triste e nos cabe reverter a situa��o e vemos que v�rias portas est�o se fechando para o governo. (...) Na opini�o p�blica, a aprova��o popular (da presidente Dilma Rousseff) dispensa coment�rios. Temos uma crise pol�tica, uma crise econ�mica e tamb�m uma crise de credibilidade, porque o sistema � presidencialista. N�o acho que as crises se retroalimentem. Percebo aqui no Congresso Nacional que o insucesso da economia e o desgaste que provocaram acabam contaminando o segmento pol�tica. N�o tenho or�culo para profetizar o desfecho desta crise, muito menos o tempo de sua dura��o, mas estamos na escurid�o, assistindo a um filme de terror sem fim e precisamos de uma luz indicando que o horror ter� fim.

PMDB

Vejo com muita naturalidade a pretens�o do PMDB (de ter candidatura pr�pria em 2018). A raz�o de ser de qualquer agremia��o partid�ria � conquistar o poder pelo voto em nome das teses e programas que defende. O PMDB n�o pode, no entanto, sucumbir ao aparelhamento, n�o � inteligente fazer isso. Vejo com felicidade que o PMDB refuta ser coadjuvante e vai em busca do protagonismo. N�o somos defensores de solu��es marginais que estejam � margem da legalidade. O poder � conquistado nas urnas, no convencimento do eleitor, na credibilidade que passam as propostas e os programas de governo. Legitimidade � um conceito inafast�vel do poder.

Michel Temer


Paci�ncia e perseveran�a s�o virtudes capazes de transformar a realidade. Esses s�o tributos inquestion�veis do vice-presidente Michel Temer. O Michel � um homem prudente, da concilia��o, do di�logo que est� sendo importante para este momento de instabilidade do pa�s. Digo isso com a isen��o de quem j� divergiu dele e de quem j� o apoiou.

Ajuste fiscal


Os resultados do ajuste s�o modestos, muito aqu�m do prometido. No presidencialismo, o Congresso n�o pode recusar sempre as ferramentas que o chefe de governo de serem imprescind�veis para fazer face a crise. O poder do Congresso Nacional � buscar alternativas para melhorar a vida das pessoas. Agora, cabe ao Congresso Nacional cobrar resultados. Ele � insuficiente, tacanho, at� aqui, quem pagou a conta foi o andar de baixo. Esse ajuste sem crescimento econ�mico � cachorro correndo atr�s do rabo, circular, irracional e n�o sai do lugar. � enxugar gelo at� ele derreter. � preciso cortar, cortar minist�rios, cortar cargos comissionados, enxugar a m�quina p�blica, fazer a reforma do estado e ultrapassar de uma vez por todas essa pr�tica superada da boquinha e do apadrinhamento.

Economia

O Congresso, majoritariamente, � refrat�rio, a aprovar mais tributos e impostos. A sociedade j� est� no seu limite suport�vel, no limite suport�vel da contribui��o com o aumento de impostos, tarifa�os, infla��o e juros. N�o vamos concordar com a asfixia da sociedade. Enquanto o governo continuar perdul�rio e n�o alterar a sua postura diante das cobran�as para diminuir gastos. Estamos no momento aterrador de infla��o, desemprego e juros acima de dois d�gitos. Uma retra��o na economia que vai agravar o desemprego. Enfim, o ajuste fiscal est� mesmo se revelando um desajuste social. Por qu�? Porque o ajuste � um fim em si mesmo. Ele nem aponta, nem sinaliza, nem indica, nem sugere quando e como o pa�s voltar� a crescer. Ele verdadeiramente amea�a as conquistas socioecon�micas obtidas com tanto sacrif�cio.

Lava Jato

Reitero o que disse desde o primeiro dia da investiga��o. Todos devem responder �s demandas da Justi�a, particularmente os homens p�blicos. A diferen�a est� na qualidade das respostas e as que me cabem responder, prestarei todas as vezes que a Justi�a me solicitar, � luz do dia. Em rela��o a mim, � como um disco arranhado, ventilador repetitivo, sem nenhum fato novo, sobre a alega��o de uma terceira pessoa foi apontada como intermedi�rio, o deputado An�bal Gomes. Tenho a dizer que eu nunca o autorizei, credenciei qualquer pessoa a falar em meu nome, em qualquer lugar, o pr�prio deputado desmentiu em todas as oportunidades.

Rodrigo Janot

Eu sou presidente do Senado Federal e me comportarei com a isen��o que o cargo recomenda. A indica��o � uma faculdade da presidente da Rep�blica e a sua aprova��o ou n�o � uma prerrogativa dos senadores e das senadoras. N�o posso, n�o tenho como nem vou predizer o que vai acontecer, nem o que n�o vai acontecer.


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