
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou nesta segunda-feira, que a posi��o do governo em rela��o � decis�o do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de romper com o Planalto, foi expressa na nota oficial divulgada na sexta-feira, destacando que era uma decis�o pessoal, n�o do PMDB. "Foi uma decis�o pessoal. O PMDB n�o acompanha", disse, ao final de cerim�nia de assinatura referente ao financiamento do projeto Amaz�nia-SAR, de um radar orbital para combater o desmatamento na Amaz�nia. A cerim�nia ocorreu no Minist�rio da Defesa.
Segundo Jaques Wagner, a posi��o de Cunha n�o muda o interesse do governo em aprovar mat�rias importantes para o governo e para o ajuste fiscal na C�mara e no Senado. "Vamos continuar trabalhando com a base de sustenta��o pol�tica para aprovar o que ainda � importante, depois do recesso. Um pouco mais cedo, no Planalto, ele havia dito que "temos de saber ouvir cr�ticas".
Para o ministro da Defesa, "as coisas tendem para o leito natural ap�s o recesso". O ministro lembrou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tamb�m fez cr�ticas ao governo na sexta-feira, mas de forma diferente e se mantendo na base de sustenta��o. Otimista, Wagner disse que prefere acreditar na melhoria da rela��o com o Congresso.
Jaques Wagner lembrou, ainda, que Cunha separou a posi��o pessoal da magistrado, que � obrigat�ria ao presidente da C�mara, e que al�m disso, depois moderou o discurso, dizendo que n�o tem pauta vingativa. "Caber�, ent�o, a n�s do governo, convencer a nossa base daquilo que � necess�rio fazer", declarou. Disse, ainda, que o governo que "calma para aprovar as medidas e governar".
Casa Civil
Jaques Wagner rejeitou a possibilidade de que estaria prestes a assumir o comando da Casa Civil, no lugar de Aloizio Mercadante. "N�o vejo nem fuma�a, o que dir� not�cia objetiva sobre isso", comentou.
Segundo o ministro da Defesa, esses rumores fazem parte do "anedot�rio da pol�tica". Depois de reiterar que n�o v� nenhuma posi��o da presidente Dilma Rousseff de fazer qualquer movimenta��o ministerial neste momento, respondeu que "trabalhamos em equipe, sob a batuta da presidente, e a equipe est� afinada". "N�o tem ningu�m que tenha varinha de cond�o para conduzir tudo sozinho", refor�ou.
"O ministro Mercadante tem prestado servi�os importantes para o governo e para a presidente. N�o vejo fuma�a", reiterou. "Estou muito bem posicionado no Minist�rio da Defesa e a presidente n�o est� pensando em mudan�a ministerial", afirmou. Jaques Wagner disse, ainda, que a reuni�o de coordena��o, hoje no Pal�cio do Planalto, n�o tratou de mudan�a de cadeiras e que o tema principal foi o balan�o do primeiro semestre e as a��es necess�rias para o governo aprovar as medidas de ajuste que est�o faltando. Destacou, ainda, que o governo est� empenhado em criar condi��es na retomada do crescimento.