Bras�lia - O superfaturamento de obras em at� 48% e a ado��o de aditivos em contratos levaram o governo do Equador a expulsar a construtora Odebrecht do pa�s em 2009. As suspeitas de irregularidades foram levantadas por uma comiss�o do governo e pela Controladoria-Geral do Estado - que tem posi��o similar ao do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) no Brasil - e levaram ao cancelamento dos contratos.
Como mostrou na edi��o de quarta-feira, 22, o jornal "O Estado de S. Paulo", o governo americano acompanhava o caso e a embaixada em Quito indicou, em telegramas ao Departamento de Estado dos EUA, que a real raz�o para suspens�o dos contratos era suspeita de corrup��o, mesmo antes da divulga��o dos fatos pelo governo local.
O presidente equatoriano, Rafael Correa, mandou cancelar o contrato. Depois de alguma negocia��o, a empresa decidiu fazer a obra pelos US$ 80 milh�es, o que foi aceito pelo governo equatoriano. O contrato n�o foi adiante quando a Odebrecht foi expulsa do Equador por problemas em um outro contrato, o da usina hidrel�trica de San Francisco.
Em outro telegrama, o embaixador informa sobre uma investiga��o da controladoria que apontava que o contrato da usina teria recebido dez aditivos, sendo que cinco foram considerados injustific�veis. Em um deles, a Odebrecht recebeu US$ 13,8 milh�es em repara��o por um problema geol�gico que paralisou uma perfuradora, mas a empresa teria um seguro que cobriria esse tipo de incidente.
Outros dois aditivos feitos ao contrato previam obras de sustenta��o em um t�nel da usina e que n�o foram feitas na totalidade. A controladoria concluiu que a empreiteira recebeu US$ 58 milh�es sem justificativa. A empreiteira nega as acusa��es feitas pela diplomacia dos EUA.