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Estado de Minas

No Equador, contratos com a Odebrecht foram cancelados por superfaturamento


postado em 23/07/2015 07:31 / atualizado em 23/07/2015 08:08

Bras�lia - O superfaturamento de obras em at� 48% e a ado��o de aditivos em contratos levaram o governo do Equador a expulsar a construtora Odebrecht do pa�s em 2009. As suspeitas de irregularidades foram levantadas por uma comiss�o do governo e pela Controladoria-Geral do Estado - que tem posi��o similar ao do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) no Brasil - e levaram ao cancelamento dos contratos.

Uma s�rie de telegramas do ent�o embaixador do Brasil em Quito, Antonino Marques Porto, mostra que o governo acompanhava com aten��o os problemas da empresa brasileira no Equador, mas ainda sem interferir. Em um deles, Porto revela que uma comiss�o de investiga��o liderada pelo ent�o ministro do Litoral - hoje chanceler - Ricardo Pati�o concluiu que a segunda fase do projeto de irriga��o Carrizal-Chone, no distrito de Manab�, teria sido superfaturada em 48% nas obras civis e em 38% nas tubula��es de PVC, e poderia custar US$ 80 milh�es, US$ 22 milh�es a menos do que o custo apresentado pela Odebrecht em licita��o.

Como mostrou na edi��o de quarta-feira, 22, o jornal "O Estado de S. Paulo", o governo americano acompanhava o caso e a embaixada em Quito indicou, em telegramas ao Departamento de Estado dos EUA, que a real raz�o para suspens�o dos contratos era suspeita de corrup��o, mesmo antes da divulga��o dos fatos pelo governo local.

O presidente equatoriano, Rafael Correa, mandou cancelar o contrato. Depois de alguma negocia��o, a empresa decidiu fazer a obra pelos US$ 80 milh�es, o que foi aceito pelo governo equatoriano. O contrato n�o foi adiante quando a Odebrecht foi expulsa do Equador por problemas em um outro contrato, o da usina hidrel�trica de San Francisco.

Em outro telegrama, o embaixador informa sobre uma investiga��o da controladoria que apontava que o contrato da usina teria recebido dez aditivos, sendo que cinco foram considerados injustific�veis. Em um deles, a Odebrecht recebeu US$ 13,8 milh�es em repara��o por um problema geol�gico que paralisou uma perfuradora, mas a empresa teria um seguro que cobriria esse tipo de incidente.

Outros dois aditivos feitos ao contrato previam obras de sustenta��o em um t�nel da usina e que n�o foram feitas na totalidade. A controladoria concluiu que a empreiteira recebeu US$ 58 milh�es sem justificativa. A empreiteira nega as acusa��es feitas pela diplomacia dos EUA.


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