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Estado de Minas

Advogados de empreiteiros questionam vazamentos de processos da Lava-Jato

Estrat�gia vem sendo usada pelas defesas das construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez


postado em 25/07/2015 06:00 / atualizado em 25/07/2015 09:02

Em meio � sa�da da advogada que conduziu nove das 18 dela��es da Lava-Jato e � nova den�ncia contra as maiores empreiteiras do pa�s, as estrat�gias das defesas das construtoras Norberto Odebrecht (CNO) e Andrade Gutierrez (AG) se voltam para atacar os procedimentos das investiga��es. Uma das queixas recorrentes nas �ltimas semanas s�o os alegados “vazamentos” de processos – embora a maioria deles seja p�blico – e a exposi��o da intimidade.

Na semana passada, a advogada Beatriz Catta Preta deixou a defesa do lobista J�lio Camargo, delator do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem acusa de cobrar-lhe US$ 5 milh�es por um neg�cio com a Petrobras. A advogada ainda deixou, esta semana, mais dois delatores: o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e presidente da Setal, Augusto Mendon�a.

Na CPI da Petrobras, uma ofensiva de deputados ligados a Cunha e a outros pol�ticos tenta desqualificar o depoimento dos delatores – que s�o criminosos confessos, mas firmaram acordo para dizer a verdade e indicar provas – e ainda anular a investiga��o da Pol�cia Federal.

Nos �ltimos dias, a Odebrecht intensificou as cr�ticas aos vazamentos, por meio de notas � imprensa e da atua��o de advogados, capitaneado pela criminalista Dora Cavalcante, ex-presidente e conselheira do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD). Ontem, em entrevista coletiva em S�o Paulo, logo ap�s as den�ncias do Minist�rio P�blico, ela afirmou que no processo eletr�nico da Lava-Jato “h� uma indevida exposi��o de intimidade, at� de menores”. “A defesa tem a perspectiva de deixar de ser surpreendida por fatos vazados a conta-gotas”, ironizou Dora.

Outra iniciativa � criticar a condu��o do juiz da 13ª Vara, S�rgio Moro. O advogado T�cio Lins e Silva comparou o processo criminal da Lava-Jato com o per�odo de ditadura, em que ocorriam viola��es de direitos humanos para se obterem confiss�es de crimes. “A pris�o processual n�o � de antecipa��o de pena”, completou Dora.

Sil�ncio Apesar das cr�ticas � investiga��o, os advogados da Odebrecht e a assessoria da Andrade Gutierrez n�o rebateram o conte�do principal das den�ncias, os comprovantes de transfer�ncias banc�rias em nomes das empresas para operadores e ex-funcion�rios da Petrobras, parte dos neg�cios feitos no exterior. A CNO, por exemplo, chegou a negar os pagamentos. Ontem � noite, Dora evitou o assunto. “N�o conhecemos o teor da den�ncia”, desconversou. Em seguida, disse que h� “agressividade” nas afirma��es do Minist�rio P�blico. “Vamos trabalhar dentro do processo.” Segundo a advogada, ao contr�rio do que a procuradoria afirmou na coletiva da tarde de ontem, os investigadores n�o atuam com fatos, mas com “presun��es, ju�zos interpretativos e hip�teses”.

A Andrade Gutierrez disse ontem que o an�ncio do Minist�rio P�blico n�o trouxe fatos novos ao caso e “que j� foram devidamente esclarecidos no inqu�rito”. “Infelizmente, at� o momento, os devidos esclarecimentos e provas juntadas n�o foram levados em considera��o”, disse a empresa, em nota. Mas a empreiteira n�o esclareceu quais seriam os problemas apontados porque “n�o pretende participar dessas discuss�es por meio da m�dia”.


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