
A uma semana do retorno das atividades parlamentares, o vice-presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira, 27 ter certeza de que o Congresso "examinar� com muita adequa��o" e "muito cuidado" a chamada "pauta bomba", que pode provocar impacto nas contas p�blicas.
Uma das principais preocupa��es do Planalto � com a proposta de aumento m�dio de 59% para os trabalhadores do Minist�rio P�blico da Uni�o e do Conselho Nacional do MP, em tramita��o no Senado.
"Todos os deputados e senadores s�o capazes de verificar o que � que pode prejudicar o Pa�s e o que pode ajudar o Pa�s. A regra geral � que o Congresso, quando legisla, ajuda o Pa�s. N�o � ajudar o governo. Nosso compromisso � muito mais com o Pa�s do que exatamente apenas com o governo", disse Temer a jornalistas, depois de participar de reuni�o com a presidente Dilma Rousseff e ministros para tratar da agenda legislativa no segundo semestre.
"Tenho certeza que o Congresso examinar� com muita adequa��o, com muito cuidado, as teses que forem apresentadas. Se forem onerosas para o Pa�s de maneira que o Pa�s n�o possa suport�-las, certamente rejeitar�. � responsabilidade p�blica e esp�rito p�blico."
Respons�vel pela articula��o pol�tica do Planalto, Temer disse que Estados, munic�pios e Uni�o "h�o de se dar as m�os". Nesta quinta-feira (30), Dilma dever� receber governadores para uma reuni�o no per�odo da tarde - na ocasi�o, dever� ser firmado uma esp�cie de "pacto pela governabilidade".
"Se esperar s� da Uni�o, n�o h� solu��o. Eu acho que (os governadores) ser�o bons articuladores, especialmente em benef�cio dos Estados", comentou o vice-presidente. "Quando voc� tem aumentos (crescimento de despesas), por exemplo, na �rea federal, eles repercutem pela chamada cascata nos Estados. De modo que eles ser�o bons aliados."
Integra��o
Tanto na reuni�o de coordena��o pol�tica pela manh�, quanto na audi�ncia com 12 ministros no per�odo da tarde, a determina��o da presidente Dilma Rousseff foi promover a "integra��o" do Executivo com o Congresso Nacional.
"Tudo vai depender muito de di�logo, inclusive com o presidente (da C�mara dos Deputados) Eduardo Cunha. O rompimento dele � de natureza pessoal, e n�o institucional. Ele fez quest�o de preservar a institui��o e a rela��o institucional, de modo que vamos continuar a dialogar. O que temos de fazer � isso: Executivo dialoga com Legislativo permanentemente", afirmou o Temer.