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Estado de Minas

Dilma exige que ministros enquadrem bancadas para barrar impeachment


postado em 28/07/2015 07:37 / atualizado em 28/07/2015 07:55

Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff cobrou nessa segunda-feira, 27, de 12 ministros que mobilizem as bancadas de seus partidos para impedir que propostas pedindo o seu afastamento do cargo contaminem a pauta do Congresso a partir da pr�xima semana, quando terminar o recesso parlamentar. Com receio de que o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admita a tramita��o dos pedidos de impeachment antes mesmo dos protestos marcados para 16 de agosto, o governo iniciou uma estrat�gia para p�r um freio de arruma��o na base aliada.

Em reuni�o com o vice-presidente Michel Temer e os ministros, na tarde de segunda-feira, Dilma pediu ajuda para garantir apoio pol�tico no Congresso e evitar as manobras de Cunha, que rompeu com o governo ap�s o lobista J�lio Camargo, delator da Opera��o Lava Jato, acus�-lo de receber US$ 5 milh�es em propina. Dilma disse no encontro que o caso de corrup��o na Petrobras, revelado pela Lava Jato, provocou instabilidade pol�tica e econ�mica. Segundo dois ministros ouvidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo", a presidente observou que, por causa da sucess�o de esc�ndalos, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu um ponto.

A preocupa��o de Dilma � com o agravamento da crise em agosto, quando o Congresso retoma suas atividades, e com os protestos de rua pelo impeachment convocados em todo o Pa�s que na segunda-feira ganharam o apoio formal do PSDB, principal partido de oposi��o. Segundo o senador A�cio Neves (PSDB-MG), os tucanos v�o utilizar inser��es partid�rias de TV na pr�xima semana para estimular a participa��o popular nos atos pr�-impeachment.

Ao falar na segunda-feira sobre os planos do governo para superar dificuldades, Dilma refor�ou o pedido para que ministros conversem com deputados e senadores dos partidos aliados com o objetivo de impedir, tamb�m, a vota��o da chamada "pauta-bomba", que aumenta as despesas e coloca sob risco o ajuste fiscal. Ela chegou a citar o projeto que foi obrigada a vetar, aumentando os sal�rios do Judici�rio em at� 78,5%.

Na quinta-feira, Dilma vai se reunir com 27 governadores, em mais uma tentativa de obter sustenta��o pol�tica. "Se esperar s� da Uni�o, n�o h� solu��o. Eu acho que os governadores ser�o bons articuladores, especialmente em benef�cio dos Estados", comentou Temer, ap�s a reuni�o de segunda-feira. "Quando se tem aumento de despesas na �rea federal, isso repercute em cascata nos Estados. De modo que eles ser�o bons aliados."

Novo tom

Dez dias depois de romper formalmente com o governo, Cunha disse na segunda-feira, durante um almo�o com empres�rios em S�o Paulo, que vai tratar "de forma t�cnica e jur�dica" os pedidos de impeachment que foram protocolados na C�mara e que, nos casos em que houver fundamento, os pareceres ser�o acolhidos.

O discurso do peemedebista aos empres�rios reunidos pelo Grupo de L�deres Empresariais (Lide) marca uma mudan�a de tom em rela��o �s suas interven��es sobre o tema. Durante um evento organizado pelo mesmo grupo em abril, na Bahia, Cunha recha�ou prontamente a ideia de acolher os pedidos de impeachment contra a presidente.

Naquela ocasi�o, o PSDB ensaiava apresentar um pedido em conjunto com as demais siglas de oposi��o. "O que voc�s chamam de pedalada � a m� pr�tica de se adiar investimento para fazer super�vit prim�rio. Isso vem sendo praticado nos �ltimos 15 anos sem nenhuma puni��o", afirmou.

Na segunda-feira, diante da mesma plateia, o discurso foi outro. "Vamos tratar tudo e todos de forma t�cnica e jur�dica. Havendo fundamento, o processo ser� analisado." Em um sinal de que poderia usar o impeachment como mais uma forma de desgastar o governo, Cunha encaminhou of�cio para que todos os respons�veis pelos pedidos apresentados at� o come�o do recesso adequassem seus documentos �s normas do regimento. O procedimento n�o � usual. Normalmente, os pedidos fora do formato exigido s�o imediatamente arquivados.

Aos empres�rios, entretanto, o deputado afirmou que n�o pretende "incendiar" o cen�rio pol�tico. "Eu vou separar muito bem isso. Vou ter at� uma cautela, para n�o antecipar meu julgamento, ou parecer que qualquer tipo de posicionamento tem a ver com a mudan�a do meu posicionamento pol�tico, que eu anunciei publicamente", disse. "O impeachment n�o pode ser tratado como recurso eleitoral", concluiu.


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