Apesar da press�o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), avisou que a convoca��o da advogada Beatriz Catta Preta est� mantida e que seu depoimento ser� marcado "no momento certo". O cronograma das oitivas de agosto ser� definido na pr�xima semana, quando termina o recesso parlamentar.
"O nosso trabalho na CPI � um trabalho que diz respeito ao Congresso, � C�mara. A n�s, cabe seguir o que o plen�rio decidiu, e o plen�rio decidiu convocar a Catta Preta para ela trazer de onde ela est� recebendo seus honor�rios", refor�ou o peemedebista. Motta argumentou que Europa e Estados Unidos j� t�m uma lei sobre lavagem de dinheiro, pela qual recurso proveniente de origem il�cita � considerado il�cito para tudo. Ele defendeu que a CPI recupere os recursos desviados da Petrobras e que o Pa�s siga o mesmo modelo dos demais pa�ses. "O Brasil precisa come�ar a adotar essa situa��o. Porque sen�o daqui a uns dias o cara vai roubar R$ 100 milh�es e deixar R$ 10 milh�es para pagar advogado", declarou.
Motta ressaltou que independentemente do paradeiro da advogada, a CPI vai utilizar "todos os instrumentos para encontr�-la", mas evitou falar em "condu��o coercitiva". O peemedebista disse acreditar que a comiss�o conseguir� notific�-la sobre a data do depoimento sem maiores problemas.
O presidente da CPI desconversou sobre as cr�ticas da OAB e o posicionamento do juiz S�rgio Moro, que disse recentemente n�o ver motivos para a comiss�o parlamentar pedir informa��es sobre os honor�rios da advogada. "� da democracia ouvir cr�ticas. Isso faz parte da nossa vida j�, n�o acho interfer�ncia nenhuma", respondeu.
Barusco
Motta pediu uma reuni�o para esta semana com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Seu objetivo � tentar derrubar a liminar que o ex-gerente de Servi�os da Petrobras Pedro Barusco conseguiu para n�o participar de acarea��es na comiss�o.
O presidente da CPI ficou transtornado ao ver fotografia publicada na edi��o desta semana da revista Veja em que Barusco aparece em Angra dos Reis (RJ). De acordo com a publica��o, o ex-gerente da Petrobras fumava charuto e tomava cerveja no �ltimo dia 19, dias depois de se dizer impedido de participar das acarea��es na CPI.
No in�cio deste m�s, o ministro Celso de Mello concedeu liminar para dispensar Barusco de participar dos depoimentos com o ex-diretor de Servi�os, Renato Duque, e com o ex-tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari. A defesa do ex-gerente da Petrobras, � �poca liderada por Catta Pretta, alegou ao STF que ele estava em tratamento de c�ncer �sseo, que tinha dificuldades de locomo��o e perman�ncia por longo tempo na sess�o da CPI.