Cunha rebate justificativas de Dilma para a crise

Bras�lia, 30 - O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rebateu no in�cio da noite desta quinta-feira, 30, as justificativas dadas mais cedo pela presidente Dilma Rousseff para justificar a governadores a crise econ�mica vivida no Pa�s.

A presidente da Rep�blica havia atribu�do a crise a fatores externos como o colapso no pre�o das commodities e a desvaloriza��o da moeda, impactando os pre�os e a infla��o. Cunha disse que o governo "errou".

"N�o acho que o problema esteja simplesmente nos pre�os das commodities. Os pre�os das commodities ca�ram, mas o d�lar subiu bastante. A queda real de remunera��o da commodity, se caiu um ter�o do pre�o, o d�lar subiu o dobro. Ent�o, voc� teve uma perda de uns 20%, 25%. Ent�o, isso n�o � o causador. O Brasil tinha saldos muito grandes de balan�a comercial. Talvez o Brasil tenha errado por estar sem produtos competitivos e est� com uma pauta de exporta��o muito restrita �s pr�prias commodities", afirmou o presidente da C�mara.

Cunha tamb�m disse que a eleva��o da infla��o se deve aos pre�os administrados pelo governo, como o da energia el�trica. "O governo � que errou e, de certa forma, o erro foi pago na forma de infla��o. Isso n�o � culpa de conjuntura internacional. A crise internacional foi a de 2008, que, aparentemente, foi superada pelo Brasil", disse o peemedebista.

Ao comentar o pedido de coopera��o feito pela presidente aos governadores, Cunha aproveitou para alfinetar o Planalto. "Quando fizeram grande parte dos benef�cios fiscais de (isen��o) IPI, afetava o FPE (Fundo de Participa��o dos Estados), o FPM (Fundo de Participa��o dos Munic�pios). Quando voc� colocou o aumento do magist�rio acima da infla��o sem repassar os recursos por portaria, tamb�m se afetou os Estados e munic�pios pequenos. � importante que todos estejam imbu�dos para n�o colocar despesa para os outros e tentar, juntos, que n�o seja aumentada despesa, principalmente num momento dif�cil como este".

Quanto ao mea culpa feito pela presidente Dilma pelo n�o cumprimento de algumas promessas de campanha, Cunha voltou a critic�-la. "Cada um sabe a raz�o pela qual prometeu e sabia as condi��es pelas quais achava que podia cumprir o que prometeu", afirmou.

Emendas

Eduardo Cunha classificou como "normal" o governo autorizar a libera��o de R$ 1 bilh�o em restos a pagar de emendas parlamentares �s v�speras do rein�cio dos trabalhos no Congresso, conforme noticiou o

Estado

nesta quinta-feira. Ele disse que o governo apenas cumpriu com um compromisso feito. "Se n�o fizesse isso (liberar a verba) � que poderia dar uma, digamos assim, revolta na base. Isso � o cumprimento de um compromisso. Se n�o fizesse � que a revolta poderia causar muitos problemas", disse Cunha. O governo prometeu liberar R$ 4,934 bilh�es at� o final do ano.