Bras�lia - No esfor�o para tentar garantir a governabilidade de uma gest�o abalada por crises, baixos �ndices de aprova��o e amea�a de impeachment, a presidente Dilma Rousseff convocou nessa quinta-feira, 30, os governadores do pa�s e, al�m de pedir ajuda para desarmar as "bombas fiscais" - que aumentam os gastos p�blicos federais e provocam efeito cascata nos Estados -, cobrou deles o "dever em rela��o � democracia".
"N�s devemos cooperar cada vez mais, independentemente das nossas afinidades pol�ticas. A coopera��o federativa � uma exig�ncia constitucional, � uma exig�ncia da forma como n�s organizamos o Estado e a sociedade brasileira", afirmou a presidente. "N�s tamb�m devemos respeitar a democracia e devemos somar for�as e trabalhar para melhor atender a popula��o."
'Patrim�nio comum'
Dilma mandou um recado a setores da oposi��o que se mobilizam para afast�-la do cargo. "Essa � uma reuni�o que tem um papel muito importante nos destinos e na condu��o dos caminhos do Brasil. Eu acredito que n�s temos um grande patrim�nio em comum, expresso no fato de todos n�s termos sido eleitos num processo democr�tico bastante amplo no nosso pa�s. E todos n�s temos, ent�o, esse dever em rela��o � democracia, ao voto democr�tico e popular", afirmou.
Na fala dirigida aos governadores, a presidente tamb�m sinalizou que 2015 ser� uma esp�cie de ano perdido. Todas as proje��es que fez sobre a melhora da economia tinham como base apenas 2016. Conforme ressaltou Dilma, este � um ano de "travessia".
A presidente voltou a defender a necessidade de integra��o com os governos estaduais. Em seguida, apelou: "Eu conto com voc�s. Agora quero dizer, assim, do fundo do cora��o: voc�s podem contar comigo. Voc�s podem contar comigo".
Antes do encontro no Pal�cio da Alvorada, governadores aliados da petista avaliaram que a atual crise pol�tica e um eventual processo de impeachment contra a chefe do Executivo federal devem aprofundar os problemas nos Estados.
Os preju�zos da instabilidade de Dilma sobre os cofres estaduais foi um dos temas centrais das discuss�es privadas. Os governadores avaliaram que o Executivo precisa com urg�ncia dar sinais de boa vontade �s propostas de interesse dos Estados no Congresso, como o destravamento das opera��es de cr�dito estaduais. Contratos antigos, que t�m sido reavaliados pelo governo federal por causa do aumento das taxas de juros, est�o retidos na Secretaria de Tesouro Nacional.