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Estado de Minas

Dilma tenta recrutar governadores para "esquadr�o antibombas"

Em reuni�o com governadores, presidente defende seu mandato, prega a coopera��o e pede ajuda para tirar o pa�s da crise, mas faz poucos acenos aos pleitos apresentados pelos gestores estaduais


postado em 31/07/2015 06:00 / atualizado em 31/07/2015 07:43

Na abertura da reunião, a presidente Dilma Rousseff alertou os governadores sobre os riscos para os cofres dos estados decorrentes de projetos que elevam despesas, em tramitação no Congresso Nacional (foto: Ichiro Guerra/PR)
Na abertura da reuni�o, a presidente Dilma Rousseff alertou os governadores sobre os riscos para os cofres dos estados decorrentes de projetos que elevam despesas, em tramita��o no Congresso Nacional (foto: Ichiro Guerra/PR)

Bras�lia – Isolada em meio a uma forte crise pol�tica e sem apoio suficiente no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff (PT) recorreu nessa quinta-feira (30) aos governadores para tentar, entre outras coisas, frear as chamadas “pautas-bombas” esperadas para o segundo semestre no Legislativo. A estrat�gia foi apresentar a conta dos gastos que, alertou, tamb�m cair� no colo dos estados. Diante do cen�rio, a petista apelou para a “coopera��o federativa” para enfrentar o que chamou de um momento de “travessia”. Ela tamb�m prop�s um novo pacto pela seguran�a p�blica e defendeu seu mandato.

O encontro de Dilma com 10 ministros, o vice-presidente Michel Temer, 26 governadores e uma vice-governadora, no Pal�cio da Alvorada, gerou concord�ncias perif�ricas e nenhum consenso central. Nas mais de tr�s horas de conversa, a petista pediu socorro aos administradores estaduais a fim de assegurar a governabilidade, mas pouco se avan�ou. O governo quis atrelar a unifica��o das al�quotas estaduais com a repatria��o de recursos do exterior para compor o fundo de compensa��es aos estados,. Os governadores, no entanto, querem uma emenda constitucional que assegure os recursos. Eles defendiam a san��o da emenda que permite a utiliza��o de at� 70% dos dep�sitos judiciais para pagamento de d�vidas. O Planalto, contudo, ganhou tempo ao anunciar que vai criar um grupo de trabalho para discutir o tema na segunda-feira.

Ap�s a reuni�o, as declara��es dos governadores mostraram conflito de vers�es entre o administrador do Maranh�o, Fl�vio Dino (PCdoB), e o de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Embora todos os governadores – � exce��o do paulista – tenham falado sobre a import�ncia da governabilidade para a manuten��o da estabilidade pol�tica e econ�mica, Dino foi al�m e defendeu o mandato de Dilma: “Houve uma defesa clara e inequ�voca da estabilidade institucional, da ordem democr�tica do Estado de direito e contra qualquer tipo de interrup��o das regras constitucionais vigentes, portanto, a manuten��o do mandato leg�timo da presidente Dilma Rousseff, que foi eleita para cumprir at� o fim”.

J� Alckmin foi expl�cito ao ser questionado sobre esse ponto: “Isso n�o foi dito pela presidente Dilma nem est� em discuss�o. Em rela��o a isso, n�s defendemos o qu�? Investiga��o, investiga��o e investiga��o. Cumprir a Constitui��o”, resumiu. Para o tucano, se houver algum indicativo de crime de responsabilidade no julgamento que ser� feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – sobre poss�veis doa��es irregulares � campanha de Dilma em 2010 –, ou de crime de responsabilidade fiscal – na an�lise empreendida pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) sobre as pedaladas fiscais de 2014 –, o impeachment � uma sa�da constitucional prevista.

Pedidos


Logo na abertura do encontro, Dilma pediu que a coopera��o ocorra independentemente de afinidade pol�tica e anunciou que seriam distribu�das pastas para informar aos estados o pre�o de cada medida votada ou em tramita��o no Congresso. “Consideramos que, como algumas medidas afetam os estados, os governadores tamb�m t�m de ter clareza do que est� em quest�o”, disse.

Dilma falou tamb�m do cen�rio de dificuldades e disse aos governadores que pretende retomar o crescimento do pa�s a partir do ano que vem. Mas recomendou que se gaste melhor os recursos, pois n�o haver� repasses extras. Ela pediu a carteira de projetos para concess�o de 2015 a 2018.

No momento em que v� seu mandato amea�ado por pedidos de impeachment no Congresso e, prestes a enfrentar uma manifesta��o apoiada pelo PSDB que ter� o mesmo tom, Dilma aproveitou a reuni�o para defender seu cargo. Disse ter o “patrim�nio comum” com os governadores de ter sido eleita democraticamente e falou na obriga��o de cumprir com os compromissos firmados at� 2018.

A pestista prop�s um pacto pela melhoria da seguran�a nacional. Sem falar em repasse de recursos, a presidente afirmou que os governadores devem ser unir ao governo federal para tentar reduzir o n�mero de homic�dios no pa�s, al�m de aumentar o n�mero de vagas no sistema penitenci�rio.

Enquanto Dilma pedia ajuda aos governadores, prefeitos anunciavam um protesto contra o arrocho, marcado para 24 de agosto. “A nossa inten��o � chamar a aten��o de Bras�lia e do Congresso que est�o omissos sobre o assunto”, afirmou o presidente da Associa��o Mineira de Munic�pios (AMM), Ant�nio J�lio. Ele espera a ades�o de 400 munic�pios ao movimento. (Colaborou Marcelo Ernesto)

Um afago bilion�rio

A cinco dias do retorno dos trabalhos do Congresso, o governo resolveu acelerar o pacote de bondades para tentar amenizar um semestre que ser� politicamente tenso para o Planalto. O ministro da Secretaria de Avia��o Civil, Eliseu Padilha, confirmou que ser� liberado R$ 1 bilh�o em emendas parlamentares relativas a 2014 e exerc�cios anteriores. Tamb�m disse que, at� meados de agosto, estar�o conclu�das as indica��es de 200 cargos no terceiro escal�o em oito estados brasileiros nos quais ainda h� pend�ncias. A pressa em agradar a base aliada � porque o Planalto espera ebuli��o no cen�rio pol�tico a partir da pr�xima semana. De acordo com Eliseu Padilha, as prioridades das emendas liberadas at� o momento ser�o a compra de m�quinas e equipamentos, mas obras p�blicas poder�o ser beneficiadas. At� o fim do ano, devem ser liberados R$ 4,93 bilh�es. Dilma deve marcar uma reuni�o com l�deres da C�mara e do Senado na segunda-feira – provavelmente um jantar no Pal�cio da Alvorada. Para um dos vice-l�deres do PT na C�mara, Alessandro Molon (RJ), isso � mais importante do que a distribui��o de cargos e emendas parlamentares. “Pol�tica � conversa”, resumiu.

 


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