
A presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta quinta-feira aos governadores que a queda da arrecada��o e a crise s�o transit�rias e que o momento exige sacrif�cio e responsabilidade fiscal. “N�s n�o temos como ampliar os gastos de forma expressiva. A sa�da � fazer mais com o que temos”, disse, chamando para a necessidade da coopera��o federativa. A presidente, que abriu a reuni�o no Pal�cio da Alvorada, ainda alertou os representantes do Executivo dos 26 estados e do Distrito Federal que algumas medidas no Congresso podem causar "grave impacto" nas contas p�blicas.
“Temos algumas propostas legislativas de grave impacto que j� foram aprovadas pelo Congresso e outras est�o em processo de discuss�o. Todas essas medidas ter�o impacto sobre os estados sem sombra de d�vida", afirmou. Dilma destacou que o governo agir� para que a infla��o volte a cair e que este � o “primeiro passo” para que a economia volte a reagir aos est�mulos. Ela ainda afirmou que garantir a sa�de fiscal das contas p�blicas � o outro ponto importante. Segundo a presidente, a expans�o das exporta��es vai dar in�cio � retomada do crescimento. O agroneg�cio, a expans�o do cr�dito e o investimento em infraestrutura tamb�m foram citados no encontro.
Ainda sobre as medidas de ajuste, Dilma disse que, por afetar os estados, os governadores precisam participar. “Tenho alguns projetos legislativos de grave impacto. Em algumas situa��es, assumi o grave impacto no dinheiro p�blico vetando. Todas essas medidas ter�o impacto para os estados, sem sombra de d�vida", afirmou.
Est�o no encontro com os governadores os titulares da Fazenda, Joaquim Levy; Planejamento, Nelson Barbosa; Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo; Casa Civil, Aloizio Mercadante; Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, Edinho Silva; Avia��o Civil, Eliseu Padilha; Integra��o Nacional, Gilberto Occhi; Cidades, Gilberto Kassab; Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, e da Sa�de, Arthur Chioro.
Pacto contra homic�dios
Dilma tamb�m convocou os governadores para atuarem juntos em um pacto para redu��o dos homic�dios. "Uma �rea que sei que todos aqui t�m preocupa��o com ela � a Seguran�a P�blica. Queremos estabelecer uma coopera��o em duas quest�es nessa �rea. A primeira � um pacto nacional para a redu��o dos homic�dios”, disse. Dilma comentou que a cada 10 minutos uma pessoa � assassinada no pa�s. Ela ainda apontou a redu��o do d�ficit carcer�rio e o trabalho para reintegrar presos como passos para que o objetivo da redu��o de viol�ncia seja alcan�ada.
Impeachment
Diante de amea�as de impeachment, a presidente mandou um recado para os presentes. Disse que todos t�m um patrim�nio em comum: o fato de terem sido eleitos pelo voto democr�tico e popular. E destacou que todos assumiram um compromisso perante os eleitores para governar at� 2018.
Ao finalizar o seu pronunciamento, Dilma disse que tem humildade para reconhecer os erros e para ouvir sugest�es. A presidente disse que, como governante, � alvo de "injusti�as" mas que sabe "suportar a press�o". "� algo que qualquer governante tem que saber que faz parte da sua atua��o. Tenho ouvido aberto, enquanto raz�o, e cora��o, enquanto emo��o e sentimento", ressaltou.