� revista alem�, FHC poupa Dilma na Lava Jato e diz que ela � 'honrada'

S�o Paulo, 31 - No lugar das cr�ticas que tem feito �s gest�es petistas de Dilma Rousseff e Luiz In�cio Lula da Silva, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) baixou o tom em entrevista � revista alem� de economia

Capital

e disse que a atual presidente da Rep�blica n�o est� envolvida no esc�ndalo de corrup��o na Petrobras, investigado pela opera��o Lava Jato. As informa��es sobre a entrevista foram divulgadas nesta sexta-feira, 31, pela ag�ncia de not�cias alem�

Deutsche Welle

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De acordo com a DW, FHC disse na entrevista, publicada em alem�o na edi��o da revista deste s�bado, 1�, que Dilma n�o est� envolvida nos desvios da estatal petrol�fera, mas que o PT est�. Ele lembrou que Jo�o Vaccari, ex-tesoureiro da sigla, foi detido na opera��o. "Eu a considero uma pessoa honrada, e n�o tenho nenhuma considera��o por �dio na pol�tica, tamb�m n�o pelo �dio dentro do meu partido, �dio que se volta agora contra o PT", diz FHC, creditando a Lula a responsabilidade por todo o esc�ndalo.

Apesar das cr�ticas ao ex-presidente petista, Fernando Henrique ponderou, � publica��o internacional, que, para ele seja preso, � preciso que haja algo "muito concreto" e que isso dividiria o Pa�s, j� que ele � um l�der popular. E disse que talvez Lula tenha que depor como testemunha, "o que j� seria suficientemente desmoralizante".

"N�o se deve quebrar esse s�mbolo (Lula), mesmo que isso fosse vantajoso para o meu pr�prio partido. � necess�rio sempre ter em mente o futuro do Pa�s", disse o ex-presidente tucano na entrevista. FHC chegou at� a elogiar o petista: "Ele certamente tem muitos m�ritos e uma hist�ria pessoal emocionante. Um trabalhador humilde que conseguiu ser presidente da s�tima maior economia do mundo."

Junto com os elogios, o tucano fez quest�o de reiterar que Lula, que o sucedeu na Presid�ncia da Rep�blica, apenas levou adiante a sua pol�tica, ao citar que as pessoas viam o petista como uma esp�cie de Cristo. "Eles fizeram dele um Deus, mas ele apenas levou adiante a minha pol�tica."

O tom mais equilibrado de FHC se contrap�e �s suas recentes declara��es recha�ando uma poss�vel aproxima��o com Lula. "O momento n�o � para a busca de aproxima��es com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa n�o p�blica com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que n�o deve ser salvo", declarou o tucano no �ltimo final de semana.

Consci�ncia

Em fevereiro deste ano, quando a presidente Dilma afirmou que, se os esc�ndalos de corrup��o na Petrobras tivessem sido investigados durante a gest�o de FHC, alguns dos funcion�rios corruptos n�o estariam mais praticando atos il�citos, o ex-presidente tucano rebateu a petista e sugeriu que ela fizesse um "exame de consci�ncia".

"A Excelent�ssima Presidente da Rep�blica deveria ter mais cuidado. Em vez de tentar encobrir suas responsabilidades, jogando-as sobre mim, que nada tenho a ver com o caso, ela deveria fazer um exame de consci�ncia. Poderia come�ar reconhecendo que foi no m�nimo descuidada ao aprovar a compra da refinaria de Pasadena e aguardar com maior serenidade que se apurem as acusa��es que pesam sobre o seu governo e de seu antecessor", afirmou o tucano, em nota divulgada � imprensa. O ex-presidente se referiu � autoriza��o da presidente pela compra de 50% da refinaria, no Texas (EUA), quando era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administra��o da Petrobras, em 2006.

Na �poca, FHC disse se sentia "for�ado" a reagir, uma vez que "a pr�pria presidente entrou na campanha de propaganda defensiva, aceitando a t�tica infamante da velha anedota do punguista que mete a m�o no bolso da v�tima, rouba e sai gritando 'pega ladr�o!", escreveu o ex-presidente.