(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

'Nunca pedi propina', afirma presidente da Eletronuclear


postado em 31/07/2015 18:37

S�o Paulo, 31 - Preso desde ter�a-feira, 28, quando foi deflagrada a 16� fase da Opera��o Lava Jato, o presidente licenciado da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, negou � Pol�cia Federal ter recebido propinas para facilitar o acesso privilegiado a construtoras no contrato de constru��o de parte das obras da usina de Angra 3. Ao determinar a pris�o tempor�ria do almirante, o juiz federal S�rgio Moro levou em considera��o as acusa��es da for�a-tarefa da Lava Jato, que afirma ter mapeado R$ 4,5 milh�es em propinas recebidas pelo almirante reformado.

Os investigadores suspeitam que o presidente licenciado da estatal pode ter recebido at� R$ 30 milh�es de empreiteiras que integram o Cons�rcio Angramon. Os recursos teriam transitado por empresas de fachada at� aportar no caixa da Aratec Engenharia e Consultoria, fundada pelo almirante, hoje sob controle de uma filha dele.

No depoimento prestado nesta quinta-feira, 30, Othon Pinheiro afirmou que "nunca recebeu nenhuma orienta��o de algu�m da Eletrobr�s, do Governo Federal ou dos partidos pol�ticos para que cobrasse das empresas que compunham o cons�rcio Angramon alguma doa��o a pol�ticos ou partidos".

Pinheiro declarou ainda que "nunca solicitou ou exigiu qualquer vantagem econ�mica para si ou sua fam�lia". Diante das acusa��es de que teria recebido propina, o presidente da Eletronuclear afirmou estar "profundamente consternado, pois nunca agiria dessa forma". Ele argumentou que tem 'uma atua��o profissional reconhecida e de longa data'. Othon Pinheiro � refer�ncia no meio acad�mico brasileiro em energia nuclear.

Ele afirmou que resistiu e n�o cedeu a 'grandes press�es' quando a construtora Andrade Gutierrez resolveu paralisar as obras de Angra 3. Se houvesse algum conluio, exemplificou, 'n�o teria os embates que teve em todo esse processo'.

O almirante argumentou ainda que possui conhecimentos que lhe permitiriam ganhar "muito mais do que os valores que o acusam ter recebido".

Othon Pinheiro defendeu, do ponto de vista econ�mico, a metodologia usada no modelo de constru��o de Angra 3. Segundo ele, "o que se pagou em Angra 2 daria para construir duas usinas de Angra 3 e ainda sobraria R$ 5 bilh�es, segundo dados da Aneel, referidos a dezembro de 2012?.

Ele afirmou que desde antes de 2005 j� prestava consultoria por meio de sua empresa, a Aratec Engenharia, e que, ao entrar para a Eletronuclear deixou a empresa para a filha, Ana Cristina, que tinha interesse em abrir uma companhia na �rea de tradu��es. Sobre os pagamentos � Aratec listados pelo Minist�rio P�blico, ele afirmou que "s�o relacionados a trabalhos prestados por sua filha na �rea de tradu��es, ou de engenharia por parte de seu genro".

O almirante disse que seu afastamento da estatal, em abril, 'foi motivado pelo interesse de n�o prejudicar a Eletronuclear', a partir da cita��o seu nome na dela��o premiada do ex-presidente da Camargo Corr�a, Dalton dos Santos Avancini.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)