(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

"Acabou o mito", diz Roberto Jefferson ap�s pris�o de Dirceu

Em 2005, Jefferson denunciou o esquema do mensal�o e apontou Dirceu como o comandante do esquema de suborno de parlamentares fi�is ao governo Lula


postado em 03/08/2015 14:37 / atualizado em 03/08/2015 15:09

(foto: Leonardo Wen/Folhapress RIO DE JANEIRO, RJ, 19.09.2012)
(foto: Leonardo Wen/Folhapress RIO DE JANEIRO, RJ, 19.09.2012)

O ex-deputado Roberto Jefferson (PRB-RJ), que cumpre pena em regime domiciliar desde maio passado, disse nesta segunda-feira, n�o ter motivo para comemorar a pris�o do ex-ministro e ex-deputado Jos� Dirceu (PT-SP), investigado na Opera��o Lava-Jato. "N�o me regozijo, n�o tenho sentimento de revanche, de ressentimento. Tenho pena dele. Acabou o mito", afirmou. "Sei o que � estar l� (na pris�o)", comentou Jefferson.

Em 2005, Jefferson denunciou o esquema do mensal�o e apontou Dirceu como o comandante do esquema de suborno de parlamentares fi�is ao governo Lula. O petebista teve o mandato cassado em setembro daquele ano. Em novembro, a C�mara cassou o mandato de Dirceu.

"N�o � f�cil para ele. J� tem 69 anos, casou-se recentemente, tem uma filha pequena. A fam�lia se extingue. Ainda ser� levado para o Paran�, longe de casa. Tem esposa nova, que precisa do marido. N�o tenho revanchismo. Sinto por ele, mas a Justi�a � implac�vel", disse Jefferson. Condenado a sete anos e 11 meses de pris�o por corrup��o ativa, Dirceu passou a cumprir pris�o domiciliar em outubro do ano passado e desde ent�o vive em Bras�lia com a mulher, Simone Pereira, e a filha ca�ula, Maria Ant�nia, de seis anos.

Em fevereiro do ano passado, Jefferson come�ou a cumprir a pena de sete anos e 14 dias, por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. Depois de 14 meses, recebeu autoriza��o para cumprir o restante da pena em casa. Jefferson rejeita o r�tulo de delator. "Dela��o � coisa de canalha", costuma dizer.

"� a terceira pris�o da vida de Jos� Dirceu, n�o � brincadeira. O juiz S�rgio Moro deve ter provas contundentes. Ele n�o joga para a plateia. Aquela rapaziada do Minist�rio P�blico � muito s�ria, sem extremismo", elogiou Jefferson. Antes da pris�o pelo mensal�o, Dirceu, l�der estudantil nos anos 1960, foi preso em 1968 e trocado, no ano seguinte, pelo embaixador americano Charles Elbrick.

"O Executivo e o Legislativo est�o desmoralizados e o Judici�rio, muito s�lido. � quem alicer�a a democracia hoje. Os homens mais ricos do Brasil, os pol�ticos mais poderosos, os burocratas estatais mais influentes est�o presos. O povo est� vendo que n�o ficaram impunes", disse Jefferson, presidente de honra do PTB.

Na avalia��o do petebista, as pris�es dos investigados fragilizam as manifesta��es contra a corrup��o e de oposi��o ao governo da presidente Dilma Rousseff. "O juiz S�rgio Moro esvazia as passeatas do dia 16 de agosto (data marcada para uma s�rie de manifesta��es em todo o Pa�s). O povo planeja ir para a rua pedir justi�a, mas a justi�a est� sendo feita", diz.

Proibido de participar de encontros pol�ticos, reuni�es p�blicas e de sair � noite, Jefferson, de 62 anos, diz que o Executivo e o Legislativo, extremamente desgastados, parecem "o roto falando do esfarrapado". O ex-deputado n�o engrossa o coro dos que defendem a sa�da da presidente Dilma. "N�o adianta pregar ruptura institucional, porque n�o h� l�deres nacionais. Tem o Fernando Henrique Cardoso, mas j� est� com 84 anos", afirma Jefferson.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)