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Estado de Minas

PF suspeita que consultorias de Dirceu s�o apenas fachada

Segundo a Pol�cia Federal, nenhuma empreiteira apresentou qualquer esclarecimento ou prova de que os servi�os de assessoria pagos � empresa de Jos� Dirceu, hoje extinta, foram realizados


postado em 04/08/2015 07:36 / atualizado em 04/08/2015 07:50

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Bras�lia – O delegado da Pol�cia Federal M�rcio Adriano Anselmo afirmou na noite dessa segunda-feira duvidar que as consultorias do ex-ministro Jos� Dirceu tenham funcionado de fato em tantos setores do conhecimento. Segundo a assessoria do petista, a JD Assessoria e Consultoria atendeu cerca de 60 clientes de 20 setores da economia. “A empresa tinha s� um funcion�rio com n�vel superior, o que torna bastante dif�cil considerar que ela tivesse expertise para prestar essas consultorias, ainda mais considerando que elas eram t�o vastas, abrangendo desde empreiteiras at� laborat�rios de medicamentos e uma s�rie de outras atividades”, afirmou Anselmo, na porta da Superintend�ncia da PF em Curitiba, em entrevista � TV Globo.

Como revelou Estado de Minas em 26 de abril, nenhuma empresa investigada pela PF e pelo Minist�rio P�blico prestou qualquer esclarecimento ou prova de que os servi�os foram realizados. De acordo com Anselmo a situa��o perdura at� hoje, desde que o inqu�rito contra Dirceu e a firma de consultoria, hoje extinta, foi aberto. “Eles tiveram praticamente seis meses para que fossem apresentadas as comprova��es dessas consultorias e, at� hoje, n�s n�o temos qualquer comprova��o”, disse o delegado. “H� simplesmente men��es a contratos e a eventuais servi�os de lobby ou ‘abertura de portas’ ou algumas coisas vagas.”

A Receita Federal identificou que a JD recebeu R$ 39 milh�es entre 2006, logo ap�s Dirceu deixar a chefia da Casa Civil do governo de Luiz In�cio Lula Silva por causa do mensal�o, e 2013. Desse valor, 35% ou R$ 10 milh�es foram para empresas sobre as quais a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) pediu esclarecimentos adicionais (veja quadro), boa parte delas fornecedora da Petrobras.

‘N�O � CR�VEL’ Na decis�o que determinou a pris�o de Dirceu, o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, S�rgio Moro, atentou que s�o fr�geis os argumentos do ex-ministro de que prestou servi�os para as empreiteiras sob a mira da Lava-Jato, embora ele possa ter prestado alguma intermedia��o de neg�cios. A Engevix, por exemplo, pagou R$ 1,1 milh�o ao consultor, mas nenhum neg�cio foi fechado, conforme depoimento do dono da empresa G�rson Almada.

Moro destacou que muitos pagamentos aconteceram ap�s a condena��o de Dirceu no processo do mensal�o, em dezembro de 2012, e at� depois de sua pris�o. Para Moro, “n�o � cr�vel” que, ap�s ser condenado e preso por corrup��o, o ex-ministro fosse procurado para prestar consultoria e intermedia��o de neg�cios. “Enquanto os eminentes ministros discutiam e definiam, com todas as garantias da ampla defesa, a responsabilidade de Jos� Dirceu pelos crimes, alguns deles, ali�s, sendo alvo de severa cr�tica p�blica por associados ao ex-ministro da Casa Civil, o pr�prio acusado persistia recebendo vantagem indevida decorrente de outros esquemas criminosos, desta feita no �mbito de contratos da Petrobras.”

A defesa de Dirceu contesta o argumento da PF. Afirma que foram feitas viagens ao exterior para prospectar neg�cios, fato confirmado por Almada. E diz que, ao contr�rio do que informou Milton Pascowith, nenhum trabalho tinha rela��o com a Petrobras.


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