Curitiba, 04 - A Opera��o Pixuleco encontrou 'casa limpa' do ex-ministro Jos� Dirceu (Casa Civil/Governo Lula). A informa��o � do delegado da Pol�cia Federal Igor Rom�rio de Paula, que integra a for�a-tarefa da Lava Jato, ao comentar as buscas realizadas segunda-feira, 3, quando Dirceu foi preso em car�ter preventivo sob suspeita de corrup��o e lavagem de dinheiro no esquema Petrobras.
"A conduta criminosa do ex-ministro perdurou no per�odo em que ele respondeu a A��o Penal 470 (Mensal�o), na pris�o (Papuda/Bras�lia) e v�rios meses depois da deflagra��o da Lava Jato. Esse foi o motivo (da pris�o preventiva de Dirceu)."
Mas a inspe��o na casa do ex-ministro de Lula n�o foi proveitosa, na avalia��o dos investigadores. "A busca na casa dele foi praticamente in�cua, uma casa limpa com rela��o �s atividades dele", disse o delegado Igor.
A PF fez buscas em dois endere�os de Dirceu, em um condom�nio de luxo no munic�pio de Vinhedo, interior de S�o Paulo, e no Setor de Habita��es Individuais Sul (SHIS), em Bras�lia - onde ele cumpria pris�o domiciliar como condenado do Mensal�o.
Nesses dois locais, a PF n�o encontrou papeis ou arquivos de computador sobre a JD Assessoria e Consultoria, empresa que o ex-ministro criou quando teve cassado seu mandato de deputado federal e perdeu a cadeira na Casa Civil do governo Lula.
Por meio da JD, o ex-ministro teria recebido propinas do esquema na Petrobras.
Se nas casas de Dirceu a for�a-tarefa se decepcionou, no endere�o de um irm�o dele, em Ribeir�o Preto SP), o advogado Luiz Eduardo de Oliveira, tamb�m alvo da Pixuleco, os policiais federais se animaram. "Algumas buscas foram bem proveitosas", disse o delegado Igor."(na resid�ncia de Luiz Eduardo) bastante material. Muitos documentos, muitos manuscritos de reuni�es, dados diversos que precisam ser colocados no contexto. E material produzido pelo pr�prio ex-ministro."
Igor Rom�rio informou que os oito presos da Pixuleco ser�o questionados "a respeito de tudo o que consta da representa��o por buscas e pris�es e com rela��o ao material apreendido".
Dirceu e o irm�o eram s�cios na JD Assessoria e Consultoria. A empresa recebeu R$ 39 milh�es em oito anos. Desse montante, R$ 21,3 milh�es teriam sido depositados na conta da JD em parcelas mensais. Para os investigadores da Lava Jato, a rotina ininterrupa de pagamentos � JD por apenas tr�s empresas caracterizam um segundo mensal�o na vida de Dirceu.
O advogado do ex-ministro afirma que a JD recebeu por servi�os de consultoria efetivamente prestados. Roberto Podval, criminalista que defende Dirceu, avalia que n�o h� base jur�dica para a pris�o.