Bras�lia, 04 - O juiz S�rgio Moro autorizou a CPI da Petrobras a marcar a oitiva do delator Milton Pascowitch para a pr�xima quinta-feira, 6. Moro, no entanto, n�o liberou acesso ao conte�do da dela��o premiada de Pascowitch, ou seja, o delator pode optar por ficar em sil�ncio.
O delator foi pe�a crucial da Opera��o Pixuleco, nova fase da Lava Jato, e seu depoimento colaborou para a pris�o do ex-ministro Jos� Dirceu. Pascowitch declarou � Pol�cia Federal que uma propina de R$ 532,7 mil paga em esp�cie para o PT teve origem nas obras da hidrel�trica de Belo Monte, em Altamira (PA). O dinheiro, segundo Pascowitch, saiu da empreiteira Engevix e entregue por ele ao ex-tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto.
Por interm�dio da Engevix, na qual atuava como lobista, Pascowitch contou que parte da propina vinda de contratos sob responsabilidade da diretoria de Servi�os da Petrobr�s bancou as reformas da casa de Dirceu em Vinhedo (SP), e de um apartamento do irm�o, Luiz Eduardo, na capital paulista, al�m da compra de um im�vel para a filha e despesas de aluguel de jatinho.
Pessoa
Sobre a possibilidade de a CPI ouvir tamb�m o empreiteiro da UTC Ricardo Pessoa, Moro sugeriu que a comiss�o pe�a autoriza��o ao Supremo Tribunal Federal para que libere o depoimento. O conte�do da dela��o do empreiteiro tamb�m n�o foi divulgado oficialmente.
A CPI corre para preencher a programa��o da pr�xima quinta-feira, quando pretendia fazer a acarea��o entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. A acarea��o foi adiada porque Costa apresentou um atestado m�dico alegando sofrer um quadro depressivo grave.