A Associa��o Nacional dos Procuradores da Rep�blica (ANPR) define hoje (5) a lista tr�plice para o cargo de procurador-geral da Rep�blica. A entidade recebeu quatro candidaturas que v�o disputar a vaga de Rodrigo Janot, atual procurador e candidato � recondu��o. Caber� � presidente Dilma Rousseff escolher um dos tr�s mais votados para ocupar o cargo. Dilma n�o � obrigada a escolher o mais votado.
A vota��o est� prevista para come�ar �s 10h em todas as unidades do Minist�rio P�blico Federal (MPF) no pa�s. A apura��o ser� feita por meio de um sistema eletr�nico interno. O resultado deve ser divulgado por volta das 19h. Al�m de Janot, concorrem ao cargo os subprocuradores Carlos Frederico Santos, Mario Bonsaglia e Raquel Dodge.
O mandato de Janot acaba dia 17 de setembro, mas ele pode ser reconduzido pela presidente Dilma Rousseff por mais dois anos. Mesmo com essa possibilidade, a elei��o interna entre 1,2 mil membros da Procuradoria-Geral da Rep�blica tem de ser feita para a forma��o da lista. A apresenta��o da rela��o n�o � obrigat�ria, mas � feita pela associa��o de procuradores desde 2001. A entidade considera que essa � a maneira mais democr�tica de indicar seu representante.
Nos debates dos quais participou, Janot garantiu que vai continuar trabalhando para manter a independ�ncia do Minist�rio P�blico e intensificar� o combate � corrup��o. Ele chefia as investiga��es da Opera��o Lava Jato e foi criticado por integrantes do Senado ap�s a deflagra��o da Opera��o Politeia, fase da Lava Jato deflagrada no m�s passado, que fez buscas e apreens�es nas casas dos senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE). Os parlamentares devem participar da vota��o da eventual recondu��o de Janot.
Durante o debate entre os candidatos, feito no dia 27 de julho, o procurador Carlos Frederico disse que sua plataforma se baseia em igualdade, inclus�o e liberdade de express�o. Candidata ao cargo pela segunda vez, Raquel Dodge ressaltou a import�ncia de bons sal�rios na carreira. Segundo ela, a dignidade remunerat�ria � fundamental para que institui��es com as caracter�sticas do MPU n�o se tornem institui��es de passagem. Mario Bonsaglia ressaltou o respeito � autonomia institucional dos diversos ramos do Minist�rio P�blico e destacou a import�ncia da valoriza��o dos membros do MPU. Ele disse que, al�m de se preocupar com quest�es institucionais, estar� atento �s quest�es corporativas.
A presidente Dilma n�o � obrigada a nomear o candidato mais votado, por�m o crit�rio � observado desde o governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Para tomar posse, o procurador precisa ter o nome aprovado pela Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania do Senado e pelo plen�rio da Casa, em vota��o secreta.
Com Ag�rncia Brasil