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Estado de Minas

Dirceu j� n�o consegue mobilizar nem militantes que faziam "vaquinha" para pagar multa

Preso, acusado de enriquecer com verbas p�blicas, ex-ministro est� isolado dentro do partido sobre o qual teve controle absoluto por quase uma d�cada e sepulta qualquer ambi��o dele de voltar � cena pol�tica


postado em 09/08/2015 06:00 / atualizado em 09/08/2015 07:28

S�o Paulo – Dos 14 dirigentes petistas que participaram da �ltima reuni�o da Executiva Nacional do partido, ter�a-feira, em Bras�lia, apenas dois defenderam que a sigla manifestasse publicamente apoio ao ex-ministro da Casa Civil, Jos� Dirceu, preso na v�spera pela Opera��o Lava-Jato. A secret�ria de Rela��es Internacionais, M�nica Valente, e o secret�rio de Organiza��o, Florisvaldo Souza. M�nica � esposa do ex-tesoureiro Del�bio Soares, condenado no mensal�o. O n�mero dimensiona o isolamento do ex-ministro dentro do partido sobre o qual teve controle absoluto por quase uma d�cada e sepulta qualquer ambi��o dele de voltar � cena pol�tica.

Um amigo pr�ximo conta que, pouco antes de ser preso, em 2013, depois de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensal�o, Dirceu se mostrava ainda disposto a travar o combate pela sua sobreviv�ncia pol�tica, apesar da situa��o adversa. “Agora ele s� quer ser esquecido”, diz o aliado. Os petistas que antes se mobilizavam em mutir�o para pagar a multa imposta pelo Supremo e fazer a defesa pol�tica de Dirceu hoje se mostram constrangidos ao falar sobre aquele que um dia chamaram de “her�i do povo brasileiro”.

Para o PT, a diferen�a entre a pris�o de 2013 e a da �ltima segunda-feira � que no mensal�o Dirceu era uma esp�cie de m�rtir que se sacrificou em nome de um projeto coletivo abastecido com dinheiro p�blico para garantir o apoio ao governo Luiz In�cio Lula da Silva. Agora, Dirceu � visto apenas como mais um pol�tico que usou verbas p�blicas para bancar uma vida luxuosa, j� que, segundo as dela��es que o levaram de volta � cadeia, empreiteiras investigadas pela Lava-Jato pagaram alugu�is de jatinhos, reformas e compra de im�veis do ex-ministro.

A falta de apoio a Dirceu depois da segunda pris�o por acusa��es de corrup��o n�o se restringe ao ambiente partid�rio. O ex-ministro j� n�o conta com uma estrutura profissional para defend�-lo. Antes cercado de assessores, funcion�rios e recursos para criar uma ampla rede de defesa pol�tica, Dirceu volta � carceragem da Pol�cia Federal com pouca retaguarda fora da pris�o.

Sem estrutura Ao contr�rio do que aconteceu na primeira pris�o, em novembro de 2013, nesta segunda o ex-ministro foi para carceragem da PF, em Curitiba, sem a garantia de uma estrutura pol�tica e de comunica��o para fazer sua defesa. A historiadora Maria Alice Vieira, que era respons�vel pela articula��o pol�tica de apoios a Dirceu, foi uma das �ltimas funcion�rias demitidas da empresa do ex-ministro, a J.D. Assessoria, no fim do ano passado. Sua rescis�o trabalhista s� foi paga recentemente. O assessor de imprensa foi dispensado depois da pris�o na segunda-feira e o blog do ex-ministro deixou de funcionar. Alguns amigos avaliam a ideia de reativ�-lo, mas relatam que est�o com dificuldade de encontrar gente disposta para atuar de forma militante pela “causa”.

Dirceu tamb�m n�o conta mais com um grupo de militantes volunt�rios atuando na linha de frente em sua defesa no PT e nos movimentos sociais. Dentro da sigla, os nomes que antes o defendiam abertamente no diret�rio nacional hoje preferem manter dist�ncia. Amigos da “velha guarda” dizem que n�o h� perspectiva, desta vez, de serem organizados atos de desagravo ou manifestos como os que marcaram o per�odo posterior � primeira pris�o. Um aliado pr�ximo se diz “perplexo” com as novas den�ncias e avalia que, diante delas, “n�o h� mais clima” para fazer o debate pol�tico sobre a “politiza��o do processo” e os “excessos” que marcaram o julgamento do mensal�o.

(foto: Leonardo Benassatto/Estadão Conteúdo)
(foto: Leonardo Benassatto/Estad�o Conte�do)


Apoio �s investiga��es


Um grupo de sete pessoas ligadas ao movimento Vem pra Rua realizou, na manh� de ontem , em S�o Paulo, um ato de apoio (foto) ao trabalho da Pol�cia Federal na condu��o das investiga��es da Opera��o Lava-Jato, que desmontou um esquema de corrup��o na Petrobras. A manifesta��o ocorreu em frente ao pr�dio da Superintend�ncia da PF, localizado na Zona Oeste da capital. Eles gritaram palavras em favor da atua��o da Pol�cia Federal enquanto seguravam cartazes com mensagens endere�adas ao juiz S�rgio Moro, respons�vel pelas investiga��es sobre o caso envolvendo contratos da estatal. “Impeachment � justi�a. Impunidade � golpe”, gritava o estudante Leandro Mohallem, de 25 anos, que carregava um cartaz com os dizeres “Je suis Moro” – refer�ncia ao mote que ficou conhecido ap�s o ataque isl�mico ao jornal franc�s Chalie Hebdo, em janeiro deste ano. O movimento Vem pra Rua defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff e vai participar dos protestos contra a petista marcados para 16 de agosto em todo o pa�s.


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